13ª jornada Liga Sagres
02-01-09
Académica - Leixões, 20h30 (SportTV 1)Árbitro: Duarte Gomes
03-01-09
Rio Ave - V. Guimarães, 18h15 (SportTV 1)Árbitro: Elmano Santos
V. Setúbal - Sporting, 20h45 (RTP 1)Árbitro: Olegário Benquerença
04-01-09
Marítimo - P. Ferreira, 16h00 Árbitro: Bruno Paixão
E. Amadora - Naval, 16h00 Árbitro: Augusto Costa
Nacional - Porto, 18h30 (SportTV 1) Árbitro: Pedro Proença
Trofense - Benfica, 20h30 (SportTV 1) Árbitro: Jorge Sousa
05-01-09
Braga - Belenenses, 19h45 (SportTV 1) Árbitro: Lucílio Baptista

Pedro Henriques já contava não ser contemplado nas nomeações da Comissão de Arbitragem da Liga para a jornada do próximo fim-de-semana, encarando a decisão como uma «forma de protecção» do árbitro e do futebol.
«Ainda não tenho conhecimento da nota que tive no jogo. Se tiver sido positiva, e como o frisson que houve em torno da minha arbitragem foi tão grande, muito provavelmente, como forma de protecção da minha pessoa e do futebol, o mais certo seria a Comissão de Arbitragem não me nomear; se porventura a nota tiver sido negativa, a CA terá aplicado a norma de fazer parar o árbitro durante uma a duas jornadas», comentou Pedro Henriques, em declarações à Renascença.
«Independentemente da minha nota, outra coisa não seria de esperar e, acima de tudo, aceito sempre o critério», prosseguiu o juiz lisboeta. «Talvez por ser militar defendo muito as estruturas hierárquicas e a máxima do “manda quem pode e obedece quem deve”, numa perspectiva.

DESAFIA BENFICA A PROVAR O CONTRÁRIO
O árbitro Pedro Henriques assegurou hoje ter dito a verdade no relatório ao jogo Benfica-Nacional (0-0), que ditou a suspensão por dois jogos do benfiquista Nuno Gomes, por injúrias após o final da partida da 12:ª jornada da Liga de futebol.
Em declarações à Agência Lusa, o árbitro, que ficou de fora das nomeações para a 13.ª ronda, afirmou-se de "consciência tranquila" e desafiou o Benfica e Nuno Gomes a apresentar provas de alegadas declarações falsas proferidas no relatório, como diz o clube na reclamação hoje indeferida pela Liga. "Tudo o que disse, de uma forma simples, corresponde ao que aconteceu. As pessoas que estão envolvidas sabem que estou a dizer a verdade, mas tentam fazer o papel delas", disse Pedro Henriques à Agência Lusa.
Pedro Henriques acrescentou que, no final do jogo, revelou logo ao delegado da Liga presente o que tinha acontecido, embora este tenha contrariado, no seu relatório, as afirmações proferidas pelo árbitro. "Em todos os jogos, trato as pessoas sempre da mesma maneira. Mesmo quando as pessoas são mal-educadas para mim, eu trato-as da mesma forma. É a única forma de ter autoridade moral. Ser homem, com h grande, não significa que não se erra, mas a capacidade de aceitar e pedir desculpa pelo erro. As pessoas que me ofenderam sabem o que disseram", avançou.
O árbitro diz que o Benfica deve apresentar justificações de forma legal quanto à não veracidade dos factos escritos no relatório e aplaudiu o comportamento da Liga, que hoje tornou público o acórdão sobre o "caso Nuno Gomes". "O facto de se tornar pública a situação é importante em prol da verdade desportiva. A tomada de posição da liga é coerente. Penso que tem de haver denuncia para se apurar se alguém não está a dizer a verdade".
A Comissão Disciplinar (CD) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) anunciou hoje ter indeferido a reclamação apresentada pelo Benfica e por Nuno Gomes, a propósito da sanção de dois jogos de castigo imposta ao avançado. Em causa está o castigo imposto ao atleta, na sequência de ofensas e injurias à equipa de arbitragem comandada por Pedro Henriques, no final do empate do Benfica em casa com o Nacional da Madeira (0-0), na 12.ª jornada. No acórdão hoje publicado, a CD da LPFP esclarece que, com base no relatório da equipa de arbitragem, decidiu punir o jogador. O relatório de Pedro Henriques revelava que Nuno Gomes, no "túnel de acesso aos balneários", tinha proferido ofensas como "ladrões, gatuno e filho da p... (linguagem grosseira)".
O Benfica, por outro lado, diz que Nuno Gomes apenas falou dentro dos balneários e para os seus companheiros de equipa, utilizando expressões como "vergonha" ou "isto foi um roubo".

Longa entrevista de Vítor Pereira hoje ao Jornal O Jogo
O líder da CA não é contra a tecnologia no apoio às arbitragens. Como preconiza a UEFA, admite testar cinco árbitros (mais dois assistentes, nas linhas de fundo) na próxima Taça da Liga. Nem sequer acha "curtos" os 1090 euros pagos a um árbitro por jogo da Liga Sagres. O diálogo, no entanto, tem outras preocupações...
VÍTOR PEREIRA >> reclama um novo enquadramento regulamentar para que os árbitros evoluam. Se o profissionalismo é a prioridade, o presidente da Comissão de Arbitragem põe o dedo em algumas feridas - incluindo a dos observadores. Uma entrevista sem cheiro corporativo.

O ano de 2008 chega ao fim sem constituir excepção: chovem críticas sobre os árbitros. O balanço que faz é diferente?
Mesmo antes de entrarmos em funções, dissemos que, com o actual paradigma de organização, os árbitros estavam no limiar do seu desenvolvimento. Não é possível, no actual modelo organizativo, haver melhores árbitros, árbitros com melhor nível de desempenho. Um conjunto de factores condicionam outra exponenciação do quadro de competências - desde a formação possível até aos métodos e técnicas de treino; são factores que inibem a melhoria desejada.
Essa é uma afirmação perigosa. Pode concluir-se que o nível dos árbitros não é bom…
Não, não é isso. O futebol evoluiu muito, a vários níveis, nos últimos 25 anos. Os treinadores em Portugal conseguiram acompanhar o desenvolvimento do futebol, mas a estrutura da arbitragem não foi capaz de sorver inputs importantes que levaram a que o jogo se tenha de facto desenvolvido e tornado melhor. As questões são sistémicas, e a arbitragem merecia, e merece, acompanhar as mudanças. Hoje, o processo de avaliação ou as carreiras na arbitragem são genericamente as mesmas. Há uma dessintonia entre a realidade e a necessidade. São precisas mudanças substantivas. O actual modelo com que trabalhamos é um ponto de partida - apetrechámos oito centros de treino, criámos a figura do treinador dos árbitros -, mas temos de continuar a lutar pelo desafio da melhoria.
Onde estão os problemas para essa espécie de "estagnação"?
Há problemas a montante e a jusante. Impõe-se uma nova forma de evolução na carreira e ao nível da formação, com a introdução de novos conteúdos complementares. Que fique claro: os árbitros querem aprender e são os primeiros a sentir quando as coisas não lhes correm bem. Sofrem com os insucessos. Mas ficam depois no impasse para a ultrapassagem disso, do ponto de vista didáctico. E, nessas circunstâncias, o que fazemos? É difícil suplantar os problemas de modo organizado, colectivo. Impõe-se, pois, mudar o paradigma de trabalho dos árbitros levando em linha de conta o conhecimento intrínseco de cada um para o colocar ao serviço do grupo.
O quadro que apresenta é negro!
Não, não é; é realista. Aliás, em abono da verdade, devo afirmar que os árbitros atingiram a melhor forma física de sempre! Estão no máximo! Os problemas maiores colocam-se no plano técnico, difíceis de ultrapassar pela formatação da vida de cada um. Ter outra ocupação profissional, treinar à noite, não ter férias, é algo de complexo.
… mas os árbitros estão recompensados financeiramente! Ganham acima da média dos trabalhadores do País!
A questão não é financeira. O que queremos é que tenham tempo para… descansar! Que tenham tempo para as famílias. Os insucessos de desempenho são consequência de uma multiplicidade de questões. Estamos na presença de novas gerações e, se quer saber, só numa época tivemos muitas desuniões de facto nos árbitros. São matérias que, naturalmente, têm repercussão, queira-se ou não. Se um árbitro não estiver tranquilo, se não tiver estabilidade do ponto de vista social, o seu desempenho acaba por ser afectado.
É por isso que defende a profissionalização?
Os árbitros não devem ter uma outra actividade que vá além do meio-tempo.
Mas como se atinge esse objectivo?
Uma das fórmulas resultará das consequências da aprovação recente do Regime Jurídico das Federações Desportivas. As mudanças que implica acabarão por resultar na definição das necessidades de um vínculo como árbitro de futebol.
O regime jurídico não consagra essa matéria!
Não conheço o texto. O que vamos tentar procurar é que se diminua o actual quadro de árbitros [25, na I Categoria]. Defendo um quadro máximo de 22 árbitros - dos quais quatro em regime de estágio.
Como se chega lá?
Se defendo um grupo piloto de 18+4 árbitros - sensivelmente o dobro para árbitros assistentes -, temos naturalmente de passar por um processo transitório de três/quatro anos. O processo terá, entretanto, de ser inclusivo. Os árbitros têm direitos adquiridos, mas creio que estão todos em condições de aderir, não obstante termos consciência de que o actual quadro é muito heterogéneo e de que nele existem alguns árbitros com uma vida profissional extrafutebol muito intensa.

"A experiência é fundamental"
Todo o foco "administrativo" na carreira dos árbitros não explica algo de inquestionável: dualidade de critérios. Técnica e disciplinarmente, os árbitros parecem pardais à solta…
A discussão sobre a uniformidade de critérios há-de perdurar, seja qual for o quadro de competências. Não é fácil haver supostas 25 decisões coincidentes. Fazemos o possível para que a uniformidade exista.
Puxa as orelhas aos árbitros?
A questão não se pode colocar assim. Os árbitros são, aliás, os primeiros interessados em serem perfeitos. Há, garanto, um esforço colectivo, de grupo, para melhorar. Os árbitros, repito, estão no limite, e o que queremos é que aprendam com os erros. Precisamos de fazer um percurso… e de treinar, treinar. O futebol evoluiu; é hoje mais veloz, melhorou aspectos tácticos, há maior movimentação no último terço do campo - e todos esses são desafios a que temos de dar resposta. Apesar das limitações. E é importante perceber que temos um quadro de 25 árbitros e que dez deles ainda não arbitraram dez jogos na Liga Sagres. E temos a média de idades mais baixa de sempre nos árbitros da I Categoria. Os árbitros precisam de tempo para evoluir. Compete-nos proteger os árbitros do futuro.
Fez muitas ondas a sua afirmação recente de que não tinha condições para ir buscar árbitros no chamado mercado de Inverno. Está explicada a deficiência…
Não, não é assim. Houve um erro de interpretação em relação ao que afirmei. A solução é trabalharmos com os árbitros que temos. Dou-lhe um exemplo paradigmático: Bruno Paixão. Tem 34 anos de idade e leva 12 épocas de I Categoria… E as pessoas esquecem-se de que ainda tem mais 11 para a frente.
… ou não. Pode ser despromovido!
De facto, pode descer… mas não é provável. A experiência é muito importante - e necessitamos dela. É uma vantagem tremenda. Temos árbitros com 200 jogos realizados na Liga Sagres e Liga Vitalis e jovens que têm um, dois, três, quatro jogos. Temos de ter muito cuidado. Temos alguns árbitros jovens aos quais devemos disponibilizar mais condições de evolução. Não temos outros!
Estamos, então, num beco sem saída.
Não é assim. Devemos é dar, aos árbitros, cada vez mais e melhor formação, em múltiplas valências. Para a optimização do quadro de conhecimento dos árbitros, o recrutamento é fundamental. Recrutamento-selecção-formação profissional são vectores essenciais.

"Há assistentes com menos de 20 jogos de seniores!"
Os árbitros assistentes, normalmente, não são tão crivados de críticas como os árbitros. Mas as pechas também existem. Está consciente delas?
É preciso regulamentar a carreira dos árbitros assistentes - a actual está desajustada da realidade. Após o Mundial dos Estados Unidos, a FIFA concluiu que os árbitros já não conseguiam acompanhar o fora-de-jogo e deu, aos juízes de linha, novas responsabilidades - e criou a carreira. Mais tarde, os fiscais-de-linha passaram a ser árbitros auxiliares, mas a estrutura não acompanhou a mudança. Do que precisa mais um árbitro? De um tipo que seja só bom no fora-de-jogo ou de um que seja uma muleta efectiva na tomada de decisão nas grandes penalidades, nas mãos na bola, nos tackles, etc.? A minha resposta vai para a segunda hipótese. O actual problema em Portugal vai de facto para o modo como os árbitros assistentes chegam à I Categoria. Temos dez jovens acabados de chegar à I Categoria, mas que não fizeram, antes de cá chegarem, 20 jogos de seniores... mesmo a nível distrital! Não pode ser! Não é aceitável! Isto fragiliza, inclusive, a confiança das equipas de arbitragem. Mas não se pense que vivemos uma situação catastrófica. Não. Alguns dos melhores árbitros assistentes são portugueses!
Está bem, mas há problemas. Os quais se agravam quando não há equipas fixas de arbitragem.
Somos adeptos de que haja. E já caminhamos nesse sentido. Tentamos reduzir, a três árbitros assistentes, o acompanhamento de cada árbitro. Podendo haver, sou apologista de equipas fixas.
A Comissão de Arbitragem dispõe de melhores árbitros assistentes do que árbitros?
Temos alguns dos melhores árbitros assistentes do Mundo. Alguns que não são internacionais são de enorme qualidade, de grande coragem. Se me perguntar, respondo-lhe: enquanto grupo, o dos árbitros, comparativamente, é superior ao dos assistentes.
… mas não tem dos melhores árbitros do Mundo!
Essa é uma questão que pode ser analisada do ponto de vista aritmético. Sejamos claros: Portugal está no top do mundo da arbitragem, tal como a Selecção está. Portugal tem um árbitro no Top 25 da UEFA, três no Top 50. No ranking das universidades recentemente divulgado, Portugal tem uma no 48.º lugar mundial [a Universidade Católica]. Os oito árbitros internacionais que já estiveram em competição esta época atingiram, em conjunto, a melhor média de notas de há largos anos a esta parte. Não tivemos uma única nota negativa.

Avaliação dos observadores é tão polémica como a dos… professores
Não há como esconder: o grande mal da arbitragem, o que tudo distorce e tudo coloca sob suspeita, são os observadores. Está ao menos de acordo se se disser que eles alimentam o famoso "sistema"?!
Não há sistemas de avaliação perfeitos - e aí está a polémica em volta do sistema de avaliação e desempenho dos professores para o provar! Não somos os autores do actual modelo de avaliação e desempenho. O protocolo que os observadores usam é quase fiel ao modelo da UEFA ou ao que existe na Suíça, na Alemanha, em França, por exemplo. Ele contém as linhas orientadoras por que se devem reger. E mudámos a escala!
Pois. Uma fórmula eufemística. Há arbitragens que são de bradar aos céus, com erros de palmatória - vide o último Sporting-FC Porto da Taça de Portugal, apitado por Bruno Paixão -, e as notas dadas são de pasmar!
Há um problema!, admito-o, embora haja um grande esforço para melhorar. Não há é volta a dar! No quadro de 28 observadores, não há sequer nenhum ex-árbitro internacional ou de I Categoria - na Bélgica, o Comité de Árbitros é composto por sete! Uns rompem com a actividade, outros vão para a comunicação social. Temos de proceder a recrutamento, na II e na III Categoria, mas o que hoje existe é que a classificação dos observadores é um handicap.
… é como a questão dos professores que estavam para ser beneficiados na carreira com as notas que atribuiriam aos alunos.
Exactamente.
E então?
Temos de caminhar para um quadro fechado de observadores. Sem classificações, porque estas pervertem a essência da actividade. Enquanto houver classificações que tenham de atribuir e que também influenciam a deles… cortam-se! Aliás, a classificação dos árbitros dada pelos observadores deve ter uma componente de nota através do visionamento das transmissões de televisão. Seja como for: não podemos crucificar alguns observadores que escrevem em consciência e que depois, pela televisão, verifica-se estarem enganados.

Não diz "nunca" à presidência do Conselho de Arbitragem
A entrada em vigor do Regime Jurídico das Federações Desportivas vai obrigar a mudanças estatutárias na FPF e a… eleições. Por via delas - e porque a gestão dos árbitros voltará à FPF, dispondo de dois ramos, o profissional e o amador -, é legítimo perguntar: é Vítor Pereira um potencial candidato à liderança do CA?
Trata-se de um cenário prematuro. Neste momento estou empenhado em terminar o mandato na Liga [2010] procurando que se atinjam todos os objectivos programáticos. Quero deixar uma organização mais moderna, consoante com as exigências. Se não digo "nunca"? Não, não digo "nunca".

"Nenhuma pressão dos clubes"
A Comissão de Arbitragem propôs, a AG da Liga aprovou: esta época, os clubes estão proibidos de apresentarem reclamações sobre o trabalho dos árbitros. Defende o princípio da lei da rolha?

As reclamações deixaram de ser possíveis, porque a UEFA não as permite. Mas convém esclarecer que criámos um canal de comunicação, via internet, através do qual todos os agentes desportivos nos podem fazer chegar as suas preocupações, sob garantia de que terão resposta. Têm é usado pouco esse canal!
Então as críticas não fazem sentido?
São um fait divers. Todos os clubes receberam informação explicativa do processo através do qual nos podem contactar. Dispõem de um canal aberto em permanência. Defendemos uma relação franca e aberta, a bem do espectáculo.
Mas a Comissão de Arbitragem não tem sido pressionada?
Não sentimos nenhuma pressão dos clubes, embora a que é expressa na comunicação social possa levar a pensar o contrário. Têm todos denotado grande respeito pela nossa actividade - faço notar, por exemplo, o grande esforço de contenção verbal que se tem registado por parte dos treinadores. Tem havido equilíbrio na forma das críticas - e esse é um motivo de regozijo.

"Há árbitros que falam sem autorização"
Parece existir uma discrepância nítida no modo como gere a política de comunicação dos árbitros. Uns não clarificam casos de jogo sob a alegação de que estão proibidos, outros - ainda agora aconteceu com Pedro Henriques, após o Benfica-Nacional - dão explicações públicas. Há árbitros de primeira e árbitros de segunda?

Claro que não. O que há é um conjunto de normas conhecidas por todos. Defendemos a exposição pública apenas em circunstâncias que contribuam para o esclarecimento de certas situações. O que tem acontecido é que alguns árbitros não têm cumprido as normas.
Falam sem autorização?
Sim, falam sem autorização. As normas, em certas circunstâncias, têm sido de facto pouco eficazes. Admito que passe por vezes a ideia de que há árbitros a quem permitimos mais exposição do que a outros, mas não é verdade.
Se é assim, não toma medidas?
Procuramos ser uniformes. E sabemos o que temos de fazer!
Há uns que são mais rebeldes, digamos assim, do que outros?
Tem acontecido.
Aparentemente passam impunes.
Aparentemente.

"Não temos jeito para justiceiros!"
Uma das "punições" possíveis para árbitros com maus desempenhos - ou comportamentos - pode passar por colocá-los na jarra. Usa-a?

Não gosto do termo, criado há muitos anos, e num determinado contexto, por um ex-presidente do Conselho de Arbitragem [Fernando Marques]. Lido com pessoas…
Está bem: pode colocá-las numa jarra tratando-as como flores de estufa.
[sorriso pela observação] Não é nesse sentido que se costuma aplicar o termo "jarra". Não temos jeito para justiceiros! O que temos é, como nas equipas de futebol, um critério para nomear os melhores árbitros para cada jogo, e, em certas circunstâncias, alguns ficam de fora. O que queremos é que, no final da época, os melhores classificados sejam os que fizeram o maior número de jogos. Assim também contribuiremos para a melhoria da competição. De resto, percebo que nem sempre sejam entendíveis pela opinião pública os critérios das nomeações. Mas com uma certeza: os árbitros sabem quais são os critérios. E já os perceberam.

O fim da coutada da arbitragem

FERNANDO SANTOS - Editorial O Jogo de hoje

As más arbitragens são uma forma de entretenimento genérico. Adulteram resultados, é certo, mas balizam-se entre processos de intenção e a resignação falaciosa - errar é humano, diz-se, sempre...
O manual do presente é composto de demasiada incompetência, de corporativismo interesseiro. Pior: de falta de coragem para garantir que o acesso à carreira se faça segundo padrões de equidade, em detrimento de certo tipo de compadrios.
A entrevista que hoje concede a O JOGO o presidente da Comissão de Arbitragem da Liga é paradigmática. Em vez de esconder os problemas, incluindo os que resultam dos relatórios e das notas dos observadores conluiados com o seu próprio futuro, Vítor Pereira põe o dedo em feridas... dilacerantes. Di-lo com todas as letras: a arbitragem não atingirá um nível melhor, isto é, não será mais competente, se não houver coragem para mudar os actuais regulamentos, neles incluídos os processos de acesso, formação e promoção dos árbitros. Um problema bem mais gravoso do que o do desejado must do estatuto profissional para quem já recebe milhares de euros por mês!
Como se muda o statu quo?
Não bastará a gestão da arbitragem em bloco único, na FPF, como preceitua o Regime Jurídico das Federações Desportivas em vias de promulgação. Será preciso que os dirigentes de uma nova Assembleia Geral deixem de priorizar coutadas e jogos de poder. Percebo Vítor Pereira. Um homem ou uma organização minúscula é incapaz de mudar o mundo.

Vazio na APAF adia eleições

O prazo para a entrega de listas para os órgãos sociais da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) terminou ontem, sem que qualquer candidato tenha avançado - nem mesmo Paulo Paraty, que recentemente se assumira como tal. O anúncio do ex-internacional portuense fez recuar Luís Guilherme, primeira escolha da classe, e provocou um mal-estar que estará na origem do vazio que obriga a uma segunda convocatória. Olegário Benquerença, presidente da Assembleia Geral da APAF, estima que o processo eleitoral possa ser concluído "durante o mês de Fevereiro" e, apesar de lamentar este atraso, não ficou surpreendido. "A grande maioria dos árbitros gostaria de ver Luís Guilherme à frente dos destinos da APAF. Perante o que é conhecido da disposição de Paulo Paraty, Luís Guilherme não avançou e agora verifica-se que Paulo Paraty se limitou a atirar tiros de pólvora seca", concluiu o internacional de Leiria. Contactado por O JOGO, Paulo Paraty não quis comentar o assunto,
António Sérgio, presidente da APAF, manifestou a esperança de que o adiamento permita o "consenso entre as várias sensibilidades, a fim de se escolherem as melhores pessoas para os melhores lugares", numa alusão à alteração da representação da classe na AG da Federação, que alarga a seis elementos a representação dos juízes.

in Mais Futebol
David Pratt nem queria acreditar. Nem queria acreditar quando viu o cartão vermelho em três segundos, no início do jogo entre o Chippenham Town e o Bashley, no sétimo escalão do futebol inglês. Nem queria acreditar quando recebeu um telefonema de Portugal para falar sobre o recorde mundial estabelecido neste fim-de-semana: «Foi um lance sem maldade, só quis ir à bola».
O jovem de 21 anos, canalizador durante o dia, avançado em part-time no Chippenham Town, explica ao Maisfutebol como foi possível receber ordem de expulsão no primeiro lance do encontro.
«Então foi assim: a equipa adversária começou o jogo, o jogador que estava no centro do relvado tocou para outro, que estava já fora da meia lua, e esse chutou para a frente. Eu já tinha arrancando e fiz o carrinho em velocidade. Ainda toquei na bola, mas acabei por atingir o outro jogador. A expulsão foi exagerada», garante.
Pratt, traquina em português
Pratt tem um nome curioso. Qualquer coisa como malandro ou traquina, numa tradução livre. Contudo, este avançado nem costuma ser notícia por motivos disciplinares. O Chippenham Town teve de ser paciente nas negociações com o Swindon Submarine, acabando por garantir o concurso da jovem promessa.
«Ele é um rapaz calmo, nada maldoso. Pronto, acabámos por ter publicidade à custa deste momento. Nesse sentido, é bom», reconhece George McCaffrey, secretário do clube, antes de facultar o número do jogador.
O avançado passou as últimas horas a falar. Falou para rádios, jornais e até televisões em Inglaterra. «De onde liga? De Portugal? Ah, Portugal, sei. Estou surpreendido, sinceramente não fico feliz por ser notícia por este motivo, mas pronto», atira Pratt.
«Não pedi desculpa»
O anterior recorde pertencia a Giuseppe Lorenzo (Bolonha), por um cartão vermelho frente ao Parma, em 1990, com dez segundos de jogo.
«Sou canalizador, nesta divisão o futebol é amador», continua David Pratt, com tremenda humildade, apesar do assédio espontâneo. Tudo batia certo, há um novo recorde para celebrar, ou não, e as partes estão de acordo quanto à ausência de maldade no movimento do avançado do Chippenham Town.
Contudo, qual Edward Norton no filme «Duas Faces de um Crime», com banda sonora de Dulce Pontes, Pratt revela a ponta de maldade na última resposta dada ao Maisfutebol. Já pediu desculpas a Chris Knowles, o médio do Bashley? «Não, não pedi desculpa nem tenho nada que pedir», remata o canalizador/avançado. Foi ou não de propósito?

Ao contrário do que aconteceu com Ivan Vigário, árbitro da AF Porto que viu ser anulada, pelo Conselho de Justiça (CJ) da FPF, a suspensão de um ano instaurada pelo Conselho de Disciplina (CD) da FPF, Rui Dias não recebeu uma prenda de Natal: o CJ não deu provimento ao recurso apresentado depois de conhecida a decisão do CD da FPF.
A comparação com o caso do árbitro do Porto deve-se ao facto de ser idêntico ao de Rui Dias. "Tal como o meu colega, não mencionei, no relatório, a oferta de um artefacto de ouro [pulseira de senhora avaliada em 130 euros] feita pelo delegado ao jogo do Gondomar e fui suspenso pelo Conselho de Disciplina por falsificação de documentos", conta o árbitro da AF Bragança.
Esse jogo do Gondomar foi disputado em Lousada, em 16 de Outubro de 2003, e o árbitro principal era António Eustáquio, um dos arguidos condenados no processo originário do Apito Dourado.
"Ainda bem que deram razão ao meu colega do Porto e a outros, mas a verdade é que me sinto injustiçado. Esta medida não é correcta nem beneficia o futebol. Estão a penalizar pessoas que não influenciaram resultados e, se calhar, estão a deixar impunes indivíduos que alegadamente prejudicam o futebol e em nada contribuíram para a sua dignidade", defende-se Rui Dias, que acrescenta um testemunho em seu favor. "Se não estivesse de consciência tranquila, não tinha assumido que me tinham oferecido o artefacto." Perante a decisão do CJ da FPF, Rui Dias equaciona recorrer para o Tribunal da Relação. "Vou provar que estou inocente", confessa.

Um brigantino agente da PSP
Natural e residente em Bragança, Rui Dias tem 38 anos e é árbitro há dez. Em 2004/05, passou pela 1.ª categoria, tendo feito, como árbitro-assistente, dez jogos na Liga principal e outros tantos na Liga de Honra. Manteve-se apenas uma época entre os principais por ter sido penalizado pela redução do quadro de 43 árbitros: em vez de 12, desceram mais dez, entre os quais estava este agente da PSP, que, curiosamente, trabalha numa área de cariz jurídico.
in O Jogo

Os árbitros da Associação de Futebol do Porto de 1. ª categoria (Paulo Costa, Artur Soares Dias, Jorge Sousa, Rui Costa e Vasco Santos) reúnem hoje de emergência com o presidente do Conselho de Arbitragem da mesma associação, Carlos Carvalho. Em primeira instância, este grupo de árbitros quer manifestar toda a sua solidariedade para com Carlos Carvalho, cujo trabalho consideram estar a ser "seriamente afectado" por uma recente polémica levantada por um dirigente do S. Pedro da Cova (Vítor Silva), que acusou um árbitro, Pedro Barbosa, de se ter assumido como intermediário para subornar outro árbitro.Este caso surge também em cima de um clima de alguma tensão entre o presidente da A. F. Porto, Lourenço Pinto, e o presidente do respectivo conselho de arbitragem, devido ao facto de direcção associativa ter alterado o protocolo de divulgação das nomeações dos árbitros. A equipa de Lourenço Pinto decidiu tornar públicas, no site da associação, as nomeações dos árbitros, até esse momento apenas comunicadas às 12.30 horas do dia do jogo. A partir desse momento, os contactos com árbitros, através de dirigentes, multiplicaram-se e a pressão subiu, segundo alegam aqueles que defendem o sistema antigo. Recorde-se que Lourenço Pinto, num recente encontro de árbitros, acusou a existência de "fugas de informação" e de "visitas dos clubes", o que o levou a alterar, à rebelia do conselho de arbitragem, o sistema da divulgação das nomeações. Fê-lo alegando que também na Liga e na FPF, bem assim como na FIFA e a UEFA, as nomeações dos árbitros são divulgadas alguns dias antes da realização dos respectivos jogos. A nova medida foi tomada com base num "princípio de igualdade" e depois de a direcção associativa ter tido conhecimento que muitas pessoas sabiam a meio da semana os nomes dos árbitros designados, embora estes só tivessem conhecimento da mesma notícia poucas horas antes dos jogos para que estavam nomeados...Os árbitros do Porto (que ultrapassam as oito centenas) ponderam também fazer uma reunião geral para debater o que consideram "intromissões" da direcção da A. F. Porto no trabalho desenvolvido pelo conselho de arbitragem presidido por Carlos Carvalho. O presidente do CA da A. F. Porto está mesmo a ponderar apresentar a sua demissão, alegando falta de condições de trabalho, caso esta situação não se altere. Hoje realiza-se também uma assembleia da A. F. Porto que promete ser quente muito por causa desta polémica à volta da arbitragem.Podem mesmo rolar cabeças...
Autor: EUGÉNIO QUEIRÓS

Hugo Miguel, árbitro de Lisboa, lidera os ganhos dos juízes de futebol de primeira categoria, referente aos primeiros cinco meses da época 2008/2009.
A tabela contabiliza a quantia ganha pelos árbitros em cada jogo realizado e, ainda, o subsídio de treino que cada um recebe por mês, num valor de 400 euros.
A Liga de Clubes paga 1.090 euros por cada jogo na Liga Sagres e 800 na liga de Honra, sendo que 25 por cento desses valores cabe aos quartos árbitros.
Já na Taça de Portugal, os árbitros recebem 560 euros por cada partida, e na Taça da Liga o pagamento é feito consoante as equipas envolvidas (duas equipas da Liga de Honra é pago como um jogo do segundo escalão e qualquer encontro com equipas da Liga é equivalente a um da primeira divisão).
Hugo Miguel, de 31 anos, já efectuou 20 jogos, 16 dos quais como árbitro principal e os restantes como quarto árbitro, o que contabiliza um total de 18.735 euros.
João Capela, com 17.507 euros, e o bracarense Cosme Machado, com 17.190, completam o pódio dos ganhos dos árbitros. No último lugar encontra-se o estreante Augusto Costa, que por não ter ainda arbitrado qualquer encontro da Liga principal, soma um total de 9.802 euros.

Os internacionais
Nesta classificação, nenhum dos árbitros internacionais surge no “top 10”, sendo Carlos Xistra o primeiro a surgir, na 11.ª posição, com 14.060 euros, depois de ter efectuado 15 encontros nas competições nacionais, 13 dos quais como árbitro principal.

Lista de pagamentos aos árbitro:
1.º Hugo Miguel, 18.735,00 euros
2.º João Capela, 17.507,50 euros
3.º Cosme Machado, 17.190,00 euros
4.º Elmano Santos, 16.427,50 euros
5.º Vasco Santos, 15.477,50 euros
6.º Luís Reforço, 15.300,00 euros
7.º Rui Costa, 14.987,50 euros
8.º Pedro Henriques, 14.755,00 euros
9.º Artur Soares Dias, 14.422,50 euros
10.º Paulo Baptista, 14.282,50 euros
11.º Carlos Xistra, 14.060,00 euros
12.º Olegário Benquerença, 13.950,00 euros
13.º Paulo Costa, 13.932,50 euros
14.º Lucílio Baptista, 13.932,50 euros
15.º Bruno Paixão, 13.902,50 euros
16.º Jorge Sousa, 13.422,50 euros
17.º André Gralha, 13.072,50 euros
18.º Nuno Miguel Roque, 12.820,00 euros
19.º Pedro Proença 12.590,00 euros
20.º Bruno Esteves, 11.765,00 euros
21.º Duarte Gomes, 11.532,50 euros
22.º Marco Ferreira, 11.225,00 euros
23.º Augusto Costa, 9.802,50 euros

Vítor Pereira prevê que um primeiro grupo reduzido de árbitros experimente a profissionalização na temporada 2009/10 e a redução do actual quadro de 25 para 22 "juízes".
"Vamos trabalhar nesse sentido, esperando pela versão final do texto do novo regime jurídico das federações, porque há enquadramentos e normativos que têm que ser tidos em conta. Assim que isso ocorrer, vamos encetar a parte final dos aspectos logísticos e operacionais para começar a experiência no terreno o mais rapidamente possível", disse o presidente da Comissão de Arbitragem (CA) da Liga à agência Lusa. O antigo árbitro internacional pretende "um primeiro projecto-piloto com um grupo reduzido e, só numa segunda fase, alargar ou generalizar a prática". "Alargamento, não. A haver é redução, porque neste momento o quadro de 25 árbitros e de 52 assistentes era para um contexto de 18 equipas por campeonato. Houve a redução de equipas (para 16) e não se acompanhou essa medida com a redução do quadro de árbitros e a adequação ao número de jogos", continuou, referindo-se aos árbitros e assistentes da primeira categoria.
O presidente da CA defende a redução do quadro de árbitros da primeira categoria "para um grupo de 22 e 44, respectivamente, nas funções de árbitros e de assistentes". Questionado sobre a eventual adopção de mais dois árbitros assistentes, junto às balizas, que está a ser estudada pelos respectivos órgãos da FIFA e da UEFA, Vítor Pereira referiu que a possibilidade "não implica necessariamente novo acréscimo do quadro de árbitros, mas sim um reajustamento estrutural".
"Se essas entidades [FIFA e UEFA] entenderem que a proposta é boa, pela nossa parte, há a disponibilidade de se poder estudar o assunto e de acolher a experiência na nossa Carlsberg Cup", confirmou, referindo-se à experiência com cinco "juízes" nos desafios da Taça da Liga na temporada de 2009/2010. Relativamente aos salários e outras compensações dos árbitros no âmbito do projecto de profissionalização, Vítor Pereira não quis revelar os valores em estudo, adiando um anúncio "mais preciso na altura em que tudo for para a frente", embora reconhecendo que "será, obviamente, mais do que agora".

Nomeações AFBeja

Nomeações da 1ª Distrital:
Cabeça Gorda - Ferreirense: Cristiano Bexiga
Piense - Odemirense: Rui Sesifredo
Serpa - Moura: Luís Lameira
Desp. Beja - Despertar: João Jacinto
Barrancos - São Marcos: Ricardo Diogo
Milfontes - Aldenovense: Jorge Fragoso
Almodôvar - Vasco da Gama: César Leitão

Para consultar as restantes nomeações clique aqui.

Boas Festas





O
Apito Bejense deseja a todos que passem um Bom Natal & um Feliz Ano Novo!

A opinião de ... Dinis Gorjão

Sonho de um Futebol Melhor para 2009

Árbitro de Futebol ... poderia ser "apenas" mais uma actividade normal e rotineira se não mexesse com uma paixão Mundial...O Futebol, precisamente o desporto rei.
Quem nunca foi a um estádio para ver um jogo, e, injuriou o Árbitro, mesmo sabendo que ele estava correcto na sua decisão?
Polémica ou não, a presença do juiz de futebol é necessária ... ouso dizer que graças a presença desta ilustre personagem ... quem vai ao estádio de futebol acaba fazendo uma verdadeira catarse, a sua alma fica mais leve, é verdadeiramente terapêutico. Chamar nomes a um árbitro liberta o stress da semana.
Árbitro de futebol, esse ser que um dia só usava preto e hoje vemos de todas as cores, traz uma certa magia, a começar quando pisa o relvado, é o primeiro a entrar no palco sagrado, e nesse momento já recebe as primeiras manifestações, os primeiros "elogios", isso sem eles se quer darem um único sopro no apito ou levantar a bandeira...que sina...talvez no íntimo carreguem a certeza que sua profissão tem uma certa missão...
Alguém consegue imaginar uma partida de futebol sem o apito do Juiz?
Enfim, estando nós neste momento a atravessar uma quadra de paz por todo o mundo não posso deixar de desejar que também a arbitragem possa desfrutar num futuro, quem sabe não muito distante, de uma tranquilidade ou estabilidade quer a nível regional quer a nível nacional.
Desejos para o futuro que sei o quão difíceis serão de concretizar, quiçá quimeras, em todo o caso cada um pede o seu presente ao velhote barbudo da Lapónia, que cada árbitro peça o seu e sonhe de acordo com a sua ambição.
Amado ou odiado, viva o Árbitro de Futebol.
Feliz Natal para todos e um Óptimo 2009!

PRESIDENTE DA APAF SEM DÚVIDAS
O presidente da APAF apoia Pedro Henriques. “Já falei com o árbitro. O que me disse ele? Isso é connosco. Confio a 100 por cento no árbitro em causa. É militar, é uma pessoa de bem, é sincero. Não pode mentir! Os factos foram presenciados por várias pessoas”, afirma António Sérgio, acrescentando: “Se o árbitro entendeu expulsar o jogador... é normal, face ao que sucedeu. É lamentável e desagradável que ocorram situações deste género. Seria bom que existisse protecção aos árbitros e fosse impossível que os jogadores tivessem contacto com eles nos corredores.”
António Sérgio mostra-se preocupado com a frequência crescente de situações anómalas em relação aos árbitros. “Os jogadores às vezes dizem o que não deviam dizer, faltando-lhes calma e serenidade. Só peço que seja feita justiça e se evite que estas situações se repitam. É isso que me preocupa!”, diz o dirigente, frisando: “A função da APAF não é persegue ninguém. O nome do jogador em causa, para este efeito, nada me interessa.”

in O Jogo
Quatro ex-árbitros discordaram hoje da decisão de Pedro Henriques anular um golo ao Benfica no jogo contra o Nacional, disputado ontem no estádio da Luz, relativo à 12ª jornada da Liga Sagres.
Paulo Paraty, Jorge Coroado, Paulo Pereira e José Leirós, em declarações à agência Lusa, disseram discordar da decisão de Pedro Henriques de anular o golo por considerar que o jogador do Benfica Miguel Vítor tocou a bola com a mão no interior da área do Nacional, antes de esta ter sobrado para Cardozo, que a introduziu na baliza adversária no segundo minuto de descontos. A lei 12 do futebol - Faltas e Comportamento Antidesportivo - estabelece que é punido com “pontapé livre directo” quem “tocar deliberadamente a bola com as mãos”. “O movimento de queda descontrolada do jogador Miguel Vítor e o consequente movimento de braços terá iludido o árbitro Pedro Henriques. É minha opinião que não há um toque deliberado de mão na bola, pelo que me parece que seria mais adequado a não interrupção do jogo”, afirmou Paulo Paraty, acrescentando “ter mesmo dúvidas se houve contacto da bola com a mão”.
Jorge Coroado remeteu a sua posição acerca do lance para o comentário que fez na edição de hoje do diário desportivo O JOGO. “Miguel Vítor dividiu a bola com um adversário, que o derrubou, com o esférico a ressaltar para próximo da linha de golo, sendo rechaçado contra o camisola 28. Este, no chão, não podia controlar o movimento e não teve a intenção de jogar a bola com o braço. O árbitro precipitou-se”, pode ler-se em O JOGO.
Paulo Pereira, ex-árbitro e assessor do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, foi peremptório, ao afirmar: “Na minha opinião não há motivo para anulação do golo”. Para este ex-árbitro, “o jogador do Benfica que levou com a bola na mão tem um comportamento posterior - levou as mãos à cara - que pode ter levado o árbitro a pensar que este jogou deliberadamente a bola com a mão, assinalando assim falta”. Paulo Pereira considerou que “há um critério diferente entre assinalar mão na bola e bola na mão fora das áreas, daquele que é utilizado no interior das áreas”. “É mais fácil assinalar uma mão na bola ou uma bola na mão dentro da área, porque os árbitros têm o estigma da penalização dos observadores. Por isso, dentro das áreas, marcam sempre. Se nada assinalarem, quem os avalia pode penalizá-los, invocando erro com influência no resultado”, disse. E conclui: “Este assunto tem de ser discutido para definir se a intencionalidade, ou falta dela, deve efectivamente ser tomada em conta. Seria de bom-tom que o Conselho e Arbitragem da Liga definisse qual o comportamento a ter pelos árbitros nestas situações e comunicá-la a todos os interessados para a regra ser mais clara”.
Paulo Paraty declarou que a regra diz “especificamente que esse toque (mão na bola) terá de ser deliberado para ser punido. Isso pressupõe abranger algumas situações involuntárias. O que se recomenda aos árbitros é não punirem em caso de dúvida”. “O vocábulo 'intencional', até aqui muito usado, saiu das leis de jogo, porque era sempre de difícil avaliação do árbitro. Já o termo deliberado pressupõe um movimento de braço na perspectiva de jogar a bola. Eu entendo como 'deliberadamente' a existência de vontade própria”, disse.
Para Jorge Coroado, a regra só tem “uma leitura”: “jogando o jogador a bola com a mão objectiva e deliberadamente é livre directo. Dentro da área é grande penalidade” quando tocada por um jogador da equipa que defende. José Leirós é também defensor de que Pedro Henriques errou no lance e que o juiz lisboeta terá pensado na ocasião que Miguel Vítor, quando levou a mão à cara, terá jogado deliberadamente a bola com a mão.

Campos de Ouro

Lisboa, 23 Dezembro -
O antigo árbitro internacional Joaquim Campos foi uma das personalidades premiadas pela Câmara Municipal de Lisboa na cerimónia de apresentação do futuro Museu Nacional do Desporto.
Campos recebeu a medalha de mérito municipal ao ouro, manifestando-se “orgulhoso e recompensado” com a distinção

Árbitros podem avançar com greve

Os árbitros estão preocupados com a insegurança existente nos túneis de acesso aos relvados, por isso ponderam avançar para a greve aos jogos, isto segundo revelou hoje o presidente da APAF - Dr. António Sérgio.
Em causa, segundo explicou o dirigente, estão os incidentes alegadamente ocorridos nos jogos do FC Porto e SL Benfica, ante Marítimo e Nacional respectivamente.
«Os árbitros terã de reunir-se para tomar medidas, pois não podem estar disponíveis para serem constantemente agredidos física e moralmente nos estádios.» revelou à Rádio Renascença.
«Acreditamos que o bom senso vai imperar, mas não se pode continuar a repetir situações como as da última jornada do campeonato» prossegiu o dirigente que diz estar à espera que a Comissão Disciplinar da Liga «tome as medidas devidas» sobre os clubes visados, até porque, garante «os árbitros escreveram tudo o que se passou nos respectivos relatórios».

in Record
O árbitro Pedro Henriques foi figura durante o Benfica-Nacional de segunda-feira à noite. Anulou um golo de Óscar Cardozo e expulsou Nuno Gomes já depois do embate.
Em declarações à Antena 1 o juiz não muda uma virgula à apreciação que fez das duas situações e está de consciência tranquila pelo trabalho desenvolvido na Luz.
Aquilo de que não tenho dúvidas, no terreno de jogo, é que o jogador do Benfica, Miguel Vítor, no momento de rotação, toca com a mão na bola e faz com que a bola, que vinha numa trajectória contrária à da baliza, voltasse para o sentido da baliza. E é com a acção da mão que ele coloca a bola nos pés do avançado, que acaba por rematar e fazer o golo”, iniciou.
Independentemente de se discutir se foi deliberado ou não, se foi intencional ou não, não tenho dúvidas em relação ao que vi no jogo, que é com a mão que ele inverte o sentido da trajectória da bola e a coloca nos pés do seu colega”, destacou.

Pedro Henriques: «Falou alto e em bom som»
AS RAZÕES DO VERMELHO A NUNO GOMES

Pedro Henriques, árbitro do polémico Benfica-Nacional, explicou aos microfones da Antena 1 as razões que o levaram a expulsar Nuno Gomes no túnel de acesso aos balneários. Os insultos do ponta-de-lança estiveram na base da decisão.
Mandei identificar um elemento à civil no túnel de acesso e mencionei esse facto no relatório, relativamente às palavras proferidas à equipa de arbitragem. Houve ainda um jogador do Benfica considerado expulso no final do encontro, exactamente pelas palavras que proferiu em relação à equipa de arbitragem. O jogador falou alto e em bom som, sem qualquer margem para dúvidas, e a olhar bem de frente para nós”, rematou.
Conversa com Shéu
À Agência Lusa, o árbitro aprofundou o tema: "Na ficha técnica do jogo mencionámos a expulsão desse jogador e o elemento da equipa de arbitragem que levou o relatório do jogo para ser assinado pelos delegados das equipas teve o cuidado de chamar a atenção de Shéu Han (Benfica) que houve um jogador expulso após o jogo ter terminado, já no túnel."
Pedro Henriques confirmou que Shéu Han falou com ele "com educação e respeito", tendo-lhe explicado que o jogador foi expulso por se ter dirigido com "uma linguagem imprópria" à equipa de arbitragem e que essa situação está mencionada no relatório do jogo.
Benfica não concorda
Quem não está de acordo com a versão do juiz é o Benfica, que reagiu através do director de comunicação do clube. "O delegado do Benfica ao jogo, Shéu Han, verificou que na ficha do árbitro constava a expulsão do jogador e capitão de equipa, Nuno Gomes. Não foi dada qualquer explicação, quer ao clube quer ao atleta, dos motivos dessa expulsão, aliás desconhecida de todos os intervenientes no jogo. Mais, o jogador em momento algum se cruzou com a equipa de arbitragem no final do jogo", referiu João Gabriel à Lusa. "Por isso, o Benfica e o jogador reservam-se ao direito de agir criminalmente contra a equipa de arbitragem se verificarem que esta faltou à verdade ao invocar acontecimentos ou acções desconhecidas e não praticadas pelo atleta", rematou.

Cartoon

in O Jogo
O Conselho de Justiça da FPF já decidiu alguns dos 60 processos pendentes, entre os quais o de três árbitros da AF Porto que se encontravam suspensos desde Julho deste ano. Hélder Lamas, Ivan Vigário, da 2ª categoria, e Cipriano Oliveira, dos distritais, foram ilibados pelo CJ da FPF, podendo assim retomar a actividade, desde que tenham feito os cursos de aperfeiçoamento, o que não é o caso, por exemplo, de Ivan Vigário. O caso deste árbitro é em tudo semelhante ao de Rui Silva, árbitro da 1ª categoria, que ainda aguarda por uma decisão do órgão presidido por Sousa Dinis.
O árbitro de Vila Real foi suspenso pelo Conselho de Disciplina da FPF por não ter mencionado no relatório de jogo que tinha recebido e recusado ofertas, em ouro, de dirigentes de clubes. Ao que O JOGO apurou, o CJ da FPF ainda não analisou este caso, sendo provável que venha a ser decidido no princípio de 2009. É também expectável que, por ser semelhante ao de Ivan Vigário, a decisão seja favorável ao árbitro transmontano.
A suspensão de Hélder Lamas ficou a dever-se a uma condenção por cumplicidade num contacto entre António Henriques, ex-vice-presidente do CA da FPF, e o seu ex-chefe de equipa, Leonel Moreira.
Seis meses de pesadelo
"Terminou um pesadelo de seis meses e que me dá mais força para procurar chegar à 1ª categoria". A confissão é de Hélder Lamas, um dos árbitros ilibados pelo CJ da FPF, "feliz por ser reposta a verdade". O mesmo sentimento tinha Ivan Vigário que, ao contrário de Hélder Lamas, terá que fazer as provas físicas e teóricas a 17 de Janeiro para recomeçar a arbitrar.

O Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Beja tem marcado para hoje o Jantar de Natal pelas 20 horas.
A iniciativa decorre no Bar dos Sargentos, no antigo Bairro Alemão em Beja.
Este evento pretende reunir toda a "família da arbitragem" incluindo árbitros, observadores e conselheiros.

PAULO PARATY É, PARA JÁ, O ÚNICO CANDIDATO
A APAF (Associação Portuguesa da Árbitros de Futebol) tem eleições marcadas para dia 16 de Janeiro de 2009, sendo que os candidatos que pretenderem concorrer têm de apresentar as suas listas até dia 29.Até agora, o único candidato que se perfila é o ex-árbitro Paulo Paraty, que abandonou a actividade na última época. Refira-se que Paulo Paraty já desempenhou funções de presidente da Assembleia Geral da APAF no mandato que antecedeu o dos actuais órgãos sociais, cujo presidente da direcção é António Sérgio.Paraty é, pois, um elemento que conhece bem a associação que lidera os árbitros portugueses e o único, para já, que parece disposto a presidi-la
.

Pedro Henriques, árbitro de futebol concluiu Mestrado.
Correio da Manhã – Concluiu o Mestrado sob o tema ‘O Treino da Tomada de Decisões do Árbitro de Futebol’. Como correu?
Pedro HenriquesCorreu bastante bem. Foi aprovado por unanimidade pelos quatro membros do júri e teve um parecer bastante positivo de Vítor Pereira, que foi convidado para assistir.
– Que tipo de contributo dá para a Arbitragem?
Este trabalho já entrou em prática e é uma metodologia que pode complementar o treino dos árbitros.
– De que forma?
Há um treino por semana dos árbitros que dura cerca de 45 minutos e em que nós, tal como os jogadores, recriamos as situações dos jogos.
– Tais como?
Já fizemos treinos com com sub-15 em que há situações em que um jogador cai na área, em que é derrubado, uma série de situações em que se decide. E, por vezes, como há cerca de trinta árbitros a treinar, sete ou oito fazem de jogadores e recriam essa situações. E há um técnico de arbitragem que está a dar feed-back.
– Isso pode diminuir a margem de erro em jogo?
Essa é a intenção. No final, os árbitros preencheram um questionário e disseram que se sentem mais confiantes quando desenvolvem este tipo de exercício. Dizer que somos melhores árbitros, ou não, é precipitado.
– Tem outras ideias na forja?
Agora talvez seja preciso agarrar em dois grupos de árbitros, uns com esta nova metodologia e outros com a tradicional (corrida e menos treino prático) e quem sabe comparar depois as notas dos observadores dos jogos. E daí tirar conclusões. Quem sabe se no doutoramento.
– Outra ideia apresentada na sua tese é a da criação de uma Academia de Árbitros. Com que intenção?
Há formação para ajuda a uniformizar procedimentos.

3ª Divisão Série F
Campinense - Farense: João Constantino
Messinense - Costa Caparica: David Tomé
Louletano - Silves: Manuel Custódio (Observador)

Juniores 1ª Divisão Zona Sul
Louletano - Pombal: Edgar Gaspar

Juniores 2ª Divisão Série D
Lusitano VRSA - Cova da Piedade: Marco Trombinhas

Juvenis Série D
Louletano - Gin. Corroios: Tiago Canário

Futsal 1ª Divisão
Belenenses - Alpendorada: José Teodósio (Observador) (na foto)

3ª Divisão Série D
Atlético - Louletano: Daniel Lança

Nomeações AFBeja

Nomeações para a 2ª Eliminatória da Taça do Distrito da A.F.Beja:
São Domingos - Serpa: César Leitão
Messejanense - Piense: Dário Dias
Santa Clara - Barrancos: Mário Batista
Moura - Salvadense: Gonçalo Martins
Guadiana - Despertar: António Fernandes
Cab. Gorda - Rosairense: Luís Cesário
São Marcos - Aldenovense: Vítor Cardeira
D. Beja - Milfontes: Luís Diogo
Para conferir as restantes nomeações clique aqui.

Notícia de Nuno Lima in http://www.radiopax.com/
Foram 8 (dos 50 filiados) os clubes que ontem à noite participaram numa reunião com os corpos directivos da Associação de Futebol de Beja.
Da ordem de trabalhos da reunião constava a discussão das taxas aplicadas pela Associação de Futebol aos clubes para os escalões de formação. Depois de não ter sido aprovado o orçamento na anterior Assembleia-geral de 5 de Dezembro onde estiveram apenas 4 clubes, estes voltaram a dizer não, à aplicação dessas taxas. Apesar de a reunião ter sido inconclusiva uma vez que a Associação defende a sua aplicação e os clubes não, vai ser marcada uma nova Assembleia-geral para votação do orçamento para 2009 onde está incluída essa verba.
Um dos presidentes mais interventores segundo a nossa fonte presente no local, terá sido Hélder Feliciano do Moura Atlético Clube que continua a discordar com a posição da Direcção da Associação e que terá mesmo afirmado” não queiram construir a nova sede à custa dos clubes… e se estiverem a sentir dificuldades utilizem os juros do dinheiro que têm a prazo”, Feliciano terá ido mais longe ao afirmar “… como a medida não foi aprovada em orçamento por voto contra de 3 Clubes(Bairro da Conceição, Despertar e Moura ) a Associação deverá devolver as verbas que os clubes já pagaram relativamente a esta temporada…” ao que o presidente da Associação de Futebol terá respondido que as taxas são importantes para o futuro da Associação até porque os prémios para os Árbitros estão a levar a maior parte da fatia do orçamento e a aumentar todos os anos”, contudo Hélder Feliciano relembra que”… o Concelho de Arbitragem até esta a poupar nos prémios pagos aos homens do apito, pois um árbitro de manhã apita Iniciados ou Juvenis e de tarde fica na mesma localidade para apitar os Seniores e por isso o futebol Sénior será suficiente para pagar as taxas de arbitragem...".
Na reunião esteve também presente o presidente do Concelho regional de Arbitragem José Soeiro que terá saído em defesa dos seus árbitros, ao que os clubes lhe responderam que este é um assunto financeiro e não de arbitragem.
Na reunião estiveram:- Moura Atlético Clube, F.C.Serpa, Casa do Benfica de Beja, CCDBairro da Conceição, Despertar Sporting Clube, Guadiana de Mértola, Vasco da Gama da Vidigueira, S.C.Cuba.

Notícia de Teixeira Correia in http://www.vozdaplanicie.pt/

A aplicação de taxas de arbitragem nos escalões de formação nos jogos da Associação de Futebol de Beja levou ao “veto” do Orçamento para a época 2008/ 2009. A Direcção reúne esta noite com os clubes.
A Direcção da Associação de Futebol de Beja, realiza esta noite, a partir das 21h30, uma reunião com os clubes, por forma a analisar o veto ao Orçamento de 2009, resultante da aplicação das taxas de arbitragem para os escalões de formação, implementadas esta temporada.
Recorde-se que na Assembleia-Geral Ordinária realizada na passado dia 5 de Dezembro marcaram presença 4 (quatro) dos 50 (cinquenta) clubes filiados em actividade esta temporada na instituição, Moura, Despertar, CCD Bairro da Conceição e Desportivo de Beja.
A Direcção da Associação de Futebol de Beja, deliberou no passado mês de Julho que na esta temporada todos os jogos de formação, nas categorias de juniores, juvenis e iniciados, iriam ter associada uma taxa de arbitragem à semelhança do que já vem sendo praticado nos jogos de seniores, há algumas épocas.
Esta situação não agradou aos presidentes do Moura, Despertar e CCD Bairro da Conceição, que votaram contra, enquanto o Desportivo de Beja votou favoravelmente a proposta, o que inviabilizou o orçamento associativo para a temporada 2008/ 2009.
Fernando Dionísio, presidente da Associação de Futebol de Beja, não prestou declarações sobre o caso, preferindo esperar pela reunião do órgão a que preside, mas, em Julho, data em que foi emitido o comunicado, justificava que foi “a medida mais difícil e impopular que tomou”.
João Mimoso (Bairro da Conceição), Hélder Feliciano (Moura) e Mariano Baião (Despertar), presidentes dos clubes que reprovaram o Orçamento, referem que “é incomportável pagar taxas de arbitragem no futebol jovem”.
Segundo o comunicado emitido em Julho pela Associação de Futebol de Beja, a quota a introduzir nos jogos de juniores era de 50 euros, nos juvenis é 40, e nos iniciados 30 euros. Nos escalões de seniores, em cada jogo, a taxa de arbitragem é de 220 euros na primeira divisão e 175 euros na 2ª divisão. Esta taxa é paga pelo clube que joga em casa.

Nomeações da LPFP

Pedro Henriques é o árbitro nomeado pela Comissão de Arbitragem para dirigir a partida entre o Benfica e o Nacional, relativo à 12ª jornada da Liga Sagres.
A partida entre o Leixões e o E. Amadora terá como juiz Carlos Xistra. Cosme Machado estará no Sporting-Académica e o encontro entre o Porto e o Marítimo será apitado por Duarte Gomes.
12ª jornada Liga Sagres
19-12-08
Naval - V. Guimarães, 20h30 (SportTV 1) Árbitro: Lucílio Baptista
20-12-08
Braga - Rio Ave, 18h15 (SportTV 1) Árbitro: Jorge Sousa
Sporting - Académica, 20h30 (SportTV 1) Árbitro: Cosme Machado
21-12-08
Belenenses - Trofense, 16h00 Árbitro: Olegário Benquerença
P. Ferreira - V. Setúbal, 16h00 Árbitro: Hugo Miguel
Leixões - E. Amadora, 16h00 Árbitro: Carlos Xistra
Porto - Marítmo, 19h15 (RTP 1) Árbitro: Duarte Gomes
22-12-08
Benfica - Nacional, 19h45 (SportTV 1) Árbitro: Pedro Henriques

Pedro Henriques passa a Mestre

Pedro Henriques, árbitro de Lisboa que não chegou a internacional (iniciou a actividade em 1990/91, portanto já tarde), apresenta hoje a tese com vista à obtenção do grau de Mestre em Gestão da Formação Desportiva.
Este é mais um passo importante na carreira de um árbitro que é tenente-coronel e cuja mulher é preparadora-física dos árbitros e instrutora da UEFA.
A cerimónia está marcada para as 14h30 e tem lugar no salão nobre da Faculdade de Motricidade Humana, em Lisboa.

Juvenis Série D
Imortal - Estrela Vendas Novas: João Constantino.

*jogo a realizar dia 18/12/2008

Vítor Pereira, presidente da Comissão da Arbitragem, considerou este sábado que «ser árbitro em Portugal é muito difícil», muito por culpa da «cultura mediterrânica e algum défice de educação».
Reunido em Leiria com os árbitros do quadro principal, Vítor Pereira aponta melhorias na arbitragem ao longo do primeiro terço do campeonato, mas lembra que nem tudo é positivo.
«Ser árbitro em Portugal é muito difícil e cada vez mais os árbitros têm essa percepção. Os árbitros sabem que estão num jogo e que são protagonistas de um espectáculo desportivo, muito emocional do ponto de vista das pessoas que amam os seus clubes», referiu Vítor Pereira, que deu os exemplos de Portugal, Espanha, Itália, Grécia e Turquia como países onde a mentalidade do adepto prejudica a vida da arbitragem.
Relativamente às críticas persistentes de Paulo Bento, Vítor Pereira optou por não lhes dar grande relevo. «Naturalmente que as temos em conta, mas não nos merecem mais atenção do que a que deve ter num contexto de 160 jogos. O nosso trabalho rege-se não por casuísmos, mas por programas e planos de forma muito tranquila. Essas abordagens muito específicas têm a importância e o impacto que têm.»
Este encontro de árbitros em Leiria serviu para se fazer um balanço do trabalho dos juízes ao longo do primeiro terço do campeonato. Vítor Pereira elogiou a condução dos jogos pelos árbitros, nomeadamente no acréscimo de tempo útil de jogo, na diminuição de entradas violentas, na melhor condição física dos juízes e numa melhor aplicação da lei da vantagem.
No final, Vítor Pereira confirmou ainda o regresso ao activo do árbitro João Ferreira, que esteve durante os últimos meses no Líbano, por motivos profissionais.

Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, saudou recentemente o regresso de João Ferreira aos relvados portugueses. O árbitro desaparecera do mapa futebolístico nos últimos meses, devido a uma história que merece ser contada. Major no exército português, João Ferreira foi destacado para uma missão de paz no Líbano.
O militar viajou para o sul do Líbano em Maio deste ano, integrando um grupo de 141 portugueses que realizaram divers as acções na zona fronteiriça com Israel. Habituado aos insultos das bancadas, à incompreensão generalizada, João Ferreira esquecer as agruras do futebol e enfrentou momentos de tensão bem mais fortes, ao longo dos últimos seis meses. Em conversa com o Maisfutebol, o árbitro/major reconhece que andar pelos relvados portugueses é «bem mais fácil.»
«Foram seis meses e alguns dias. Desconhecia completamente o Médio Oriente e não sabia o que ia encontrar. A tensão naquela região é latente, estávamos na fronteira entre o Líbano e Israel, mas felizmente nunca fui confrontado com numa situação de gravidade concreta. A missão acarreta sempre riscos, porque nesta altura as forças das Nações Unidas são alvos privilegiados pelos terroristas», explica.
Um quartel e o respeito dos indonésios
João Ferreira explicou as funções dos militares portugueses destacados para a região. «Havia três grupos de acção. Um módulo de apoio, sobretudo relacionado com questões logísticas, e outros dois de reconstruções verticais e horizontais. A nossa grande obra foi construir um quartel de raiz para os indonésios», revela. Indonésios? «Sim, realmente, é uma curiosidade, mas fiquei surpreendido com o respeito e admiração que os indonésios têm pelos portugueses.»
Ao longo dos últimos meses, o Major esqueceu as trivialidades e conflitos do futebol português, mas levou um apito na bagagem para matar saudades de um desporto que nunca deixou de amar. «Os portugueses que estavam lá sabiam que eu sou árbitro e até contavam aos outros. Um superior indiano achava muita piada e estava sempre a brincar com isso. Levei um apito e conseguimos organizar um torneio de futebol, era dessa forma que passava os meus domingos à tarde. Serviu para matar saudades, agora quero dar o máximo para justificar as palavras de Vítor Pereira neste regresso aos relvados portugueses», remata o árbitro.

ÁRBITRO DE PORTALEGRE 4.ª FEIRA NA REBOLEIRA
O árbitro Paulo Baptista, de Portalegre, foi hoje nomeado para dirigir, quarta-feira, o encontro entre o Estrela da Amadora e o FC Porto, em atraso da nona jornada da Liga portuguesa.
No Estádio José Gomes, na Reboleira, o gerente de armazém, de 39 anos, será auxiliado por Luís Tavares e José Braga, também de Portalegre. O encontro de quarta-feira (20:30) ainda está em risco de não se realizar, porque os jogadores do Estrela da Amadora entregaram um pré-aviso de greve ao jogo com os dragões por terem salários em atraso.
Caso vençam o Estrela da Amadora, os tricampeões portugueses igualam o Leixões na segunda posição, com 23 pontos, embora a equipa de Matosinhos tenha vantagem no confronto directo, ficando a dois do líder Benfica.

Fotos ...



Pep Guardiola, treinador do Barcelona, discute com o árbitro Medina Cantalejo, durante o jogo com o Real Madrid, em Camp Nou.

Recentemente, Vítor Pereira disse que não podia ir ao mercado de Inverno substituir árbitros. Ontem, no final da reunião com 60 dos 76 árbitros e assistentes da I Categoria, que decorreu em Leiria, o presidente da CA da Liga emendou a afirmação: "Afinal, fomos ao mercado de Inverno e acolhemos o major João Ferreira (na foto) que veio do Líbano e aguardamos pelo segundo reforço, Rui Silva, que tanta falta nos faz".
Vítor Pereira diz que é "positivo" o balanço do primeiro terço dos campeonatos. "Houve menos entradas violentas, um aumento do tempo de útil de jogo, menos agarrões e empurrões dentro da área, o que tem sido conseguido pela parceria entre árbitros e equipas". A CA analisou ainda o Regulamento de Arbitragem com uma comissão representada por Paulo Costa, Duarte Gomes e Vítor Carvalho.

Taça de Portugal 5ª Eliminatória
Vit. Setúbal - Vit. Guimarães: Albano Fialho (Observador)

2ª Divisão Série A
Pontassolense - Vianense: Tiago Canário

3ª Divisão Série F
Barreirense - Quarteirense: Manuel Custódio (Observador)

Juniores 1ª Divisão Zona Sul
Farense - Real: João Constantino

Juniores 2ª Divisão Série D
Portimonense - Linda a Velha: Edgar Gaspar
Tavira - Seixal: Marco Trombinhas

Juvenis Série D
Imortal - Vit. Setúbal: David Tomé

Iniciados Série F
Despertar - Moura: Marco Trombinhas

Futsal - 1ª Divisão
Núcleo Tires - Olivais: José Teodósio (Observador)

3ª Divisão Série D
Sapalense - Operário: Daniel Lança (na foto)
Sonâmbulos - Piedense: Mário Burrica (Observador)

Nomeações AFBeja

Nomeações para a 1ª Distrital:
Cabeça Gorda - Almodôvar: João Pereira
Ferreirense - Piense: José de Sá
Odemirense - Serpa:
Dário Dias
Moura - Desp. Beja:
David Tripa
Despertar - Barrancos:
António Bernardino
São Marcos - Milfontes:
João Jacinto
Aldenovense - Vasco da Gama:
Dinis Gorjão

Para conferir as restantes nomeações clique aqui.

Para a UEFA, a arbitragem a cinco testada em Novembro no Europeu de Sub-19 foi "muito positiva".
Quem o disse foi William Gaillard, conselheiro do presidente Michel Platini. "Permite tomar decisões mais precisas", disse, acrescentando que o acolhimento dos intervenientes foi favorável.
Cabe agora ao International Board pronunciar-se sobre uma eventual alteração.

FORMA COMO TEM DECORRIDO A TEMPORADA EM ANÁLISE
A Comissão de Arbitragem da Liga e os árbitros das competições profissionais vão reunir-se no sábado para uma "reflexão" sobre a forma como está a decorrer a temporada. Em discussão estarão igualmente as recentes declarações de Vítor Pereira, que lembrou não poder "ir ao mercado de Inverno substituir o quadro de árbitros" quando confrontado com as críticas às arbitragens.
De acordo com Pedro Proença, o encontro a realizar em Leiria é "uma reunião normal de trabalho que se realiza duas, três vezes por época", mas admitiu que "obviamente estará também em discussão o que tem saído na comunicação social".
"Essas declarações não caíram bem no seio dos árbitros e será um dos assuntos em questão mas esta reunião não foi marcada nesse sentido, mas sim para reflectir sobre as primeiras 11 jornadas", referiu o árbitro lisboeta em declarações à Agência Lusa. Recorde-se que as palavras de Vítor Pereira aconteceram dias após o jogo entre Sporting e FC Porto, da Taça de Portugal, marcado por uma arbitragem polémica de Bruno Paixão, contestado pelos dois clubes. "São estes os árbitros que temos em Portugal e a minha preocupação é fazer outros esforços, enquanto dirigente desportivo, por tentar qualificar as pessoas que tenho, com as limitações que conhecemos e dentro do que são os parâmetros de intervenção que temos ao nosso dispor", referiu, então, Vítor Pereira.
in Record

ARMA DOS ÁRBITROS PARA COMBATER IRREGULARIDADES
Os árbitros argentinos vão dispor a partir de Fevereiro de mais uma arma para combater as irregularidades no futebol. Numa decisão inédita da federação local (AFA), os juízes de campo vão receber bombas de aerossóis para delimitarem no relvado uma linha que indique exactamente onde os jogadores de determinada equipa devem formar uma barreira quando forem sancionados com um livre directo.
Com esta decisão, a AFA pretende evitar a perda de tempo sempre que se tenta formar uma barreira, pois os jogadores argentinos são conhecidos por avançarem alguns centímetros sempre que se entra neste processo. Os aerossóis já foram testados com sucesso no segundo semestre deste ano na 2.ª Divisão.

A aplicação de taxas de arbitragem nos escalões de formação nos jogos da Associação de Futebol de Beja levou ao “veto” do Orçamento para a época 2008/ 2009. Os presidentes do Moura, Despertar e CCD Bairro da Conceição votaram contra, enquanto o Desportivo de Beja votou favoravelmente a proposta.
Na Assembleia-Geral Ordinária da Associação de Futebol de Beja realizada na passada sexta-feira, marcaram presença 4 (quatro) dos 50 (cinquenta) clubes filiados em actividade esta temporada na instituição, Moura, Despertar, CCD Bairro da Conceição e Desportivo de Beja.
A Direcção da Associação de Futebol de Beja, deliberou no passado mês de Julho que na próxima temporada todos os jogos de formação, nas categorias de juniores, juvenis e iniciados, iriam ter associada uma taxa de arbitragem à semelhança do que já vem sendo praticado nos jogos de séniores, há algumas épocas.
Esta situação não agradou aos presidentes do Moura
(Declaração de voto do Moura Atlético Clube) , Despertar e CCD Bairro da Conceição, que votaram contra, enquanto o Desportivo de Beja votou favoravelmente a proposta, o que inviabilizou o orçamento associativo para a temporada 2008/ 2009.
Fernando Dionísio, presidente da Associação de Futebol de Beja, não prestou declarações sobre o caso, preferindo esperar pela reunião do órgão a que preside, mas, em Julho, data em que foi emitido o comunicado, justificava que foi “a medida mais difícil e impopular que tomou”, mas, para amenizar prejuízos, alguns jogos “podem não ter árbitros e serem dirigidos pelos dirigentes dos clubes”.
João Mimoso (Bairro da Conceição), Hélder Feliciano (Moura) e Mariano Baião (Despertar), presidentes dos clubes que reprovaram o Orçamento, referem que “é incomportável pagar taxas de arbitragem no futebol jovem”.
Segundo o comunicado emitido em Julho pela Associação de Futebol de Beja, a quota a introduzir nos jogos de juniores era de 50 euros, nos juvenis é 40, e nos iniciados 30 euros. Nos escalões de seniores, em cada jogo, a taxa de arbitragem é de 220 euros na primeira divisão e 175 euros na 2ª divisão. Esta taxa é paga pelo clube que joga em casa.

Foto curiosa

Atacador do sapato desatado? o árbitro ajuda! Foto retirada de http://juventudesportclube.blogspot.com/.

Fotos ...

João Constantino, João Jacinto e João Pereira no Lagoa - Juv. Évora em Iniciados. Fotos retiradas de http://juventudesportclube.blogspot.com/.

Fotos ...

Marco Trombinhas no Internacional de Almansil - Linda a Velha em Juniores. Foto retirada de www.linda-a-velha.com/.

Fotos ...


Fotos retiradas de http://gdcalvito.no.sapo.pt

João Barbeiro
Rúben Rochinha, Jorge Fragoso e Luís Martins
David Tripa


 

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