Pedro Henriques reafirma que disse a verdade

DESAFIA BENFICA A PROVAR O CONTRÁRIO
O árbitro Pedro Henriques assegurou hoje ter dito a verdade no relatório ao jogo Benfica-Nacional (0-0), que ditou a suspensão por dois jogos do benfiquista Nuno Gomes, por injúrias após o final da partida da 12:ª jornada da Liga de futebol.
Em declarações à Agência Lusa, o árbitro, que ficou de fora das nomeações para a 13.ª ronda, afirmou-se de "consciência tranquila" e desafiou o Benfica e Nuno Gomes a apresentar provas de alegadas declarações falsas proferidas no relatório, como diz o clube na reclamação hoje indeferida pela Liga. "Tudo o que disse, de uma forma simples, corresponde ao que aconteceu. As pessoas que estão envolvidas sabem que estou a dizer a verdade, mas tentam fazer o papel delas", disse Pedro Henriques à Agência Lusa.
Pedro Henriques acrescentou que, no final do jogo, revelou logo ao delegado da Liga presente o que tinha acontecido, embora este tenha contrariado, no seu relatório, as afirmações proferidas pelo árbitro. "Em todos os jogos, trato as pessoas sempre da mesma maneira. Mesmo quando as pessoas são mal-educadas para mim, eu trato-as da mesma forma. É a única forma de ter autoridade moral. Ser homem, com h grande, não significa que não se erra, mas a capacidade de aceitar e pedir desculpa pelo erro. As pessoas que me ofenderam sabem o que disseram", avançou.
O árbitro diz que o Benfica deve apresentar justificações de forma legal quanto à não veracidade dos factos escritos no relatório e aplaudiu o comportamento da Liga, que hoje tornou público o acórdão sobre o "caso Nuno Gomes". "O facto de se tornar pública a situação é importante em prol da verdade desportiva. A tomada de posição da liga é coerente. Penso que tem de haver denuncia para se apurar se alguém não está a dizer a verdade".
A Comissão Disciplinar (CD) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) anunciou hoje ter indeferido a reclamação apresentada pelo Benfica e por Nuno Gomes, a propósito da sanção de dois jogos de castigo imposta ao avançado. Em causa está o castigo imposto ao atleta, na sequência de ofensas e injurias à equipa de arbitragem comandada por Pedro Henriques, no final do empate do Benfica em casa com o Nacional da Madeira (0-0), na 12.ª jornada. No acórdão hoje publicado, a CD da LPFP esclarece que, com base no relatório da equipa de arbitragem, decidiu punir o jogador. O relatório de Pedro Henriques revelava que Nuno Gomes, no "túnel de acesso aos balneários", tinha proferido ofensas como "ladrões, gatuno e filho da p... (linguagem grosseira)".
O Benfica, por outro lado, diz que Nuno Gomes apenas falou dentro dos balneários e para os seus companheiros de equipa, utilizando expressões como "vergonha" ou "isto foi um roubo".

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