Liga de Clubes » Hermínio Loureiro "Não comento arbitragens mas tomo notas"
Publicada por Dinis Gorjão à(s) 17:46O ano passado, confrontado com um tempo desejável para a profissionalização da arbitragem, modelo que defende, respondeu com um "Já!". Embora enfático, em que medida esse desejo tem viabilidade no curto prazo?
A profissionalização da arbitragem é irreversível! Estamos a viver um novo tempo de enquadramento jurídico, e nós próprios, nas sugestões que fizemos ao poder político, colocámos uma alínea que permita profissionalizar a arbitragem em Portugal. Esse é o caminho. Sendo certo que não podemos esperar que deixem de ocorrer erros a partir do momento em que a arbitragem seja profissional, o que importa é criar condições objectivas para os árbitros poderem melhorar o seu desempenho. O caminho da profissionalização já começou. Aliás, os árbitros já conhecem o projecto de profissionalização.
A profissionalização da arbitragem é irreversível! Estamos a viver um novo tempo de enquadramento jurídico, e nós próprios, nas sugestões que fizemos ao poder político, colocámos uma alínea que permita profissionalizar a arbitragem em Portugal. Esse é o caminho. Sendo certo que não podemos esperar que deixem de ocorrer erros a partir do momento em que a arbitragem seja profissional, o que importa é criar condições objectivas para os árbitros poderem melhorar o seu desempenho. O caminho da profissionalização já começou. Aliás, os árbitros já conhecem o projecto de profissionalização. Esse projecto está em circuito fechado?!
Explico porquê. Não podemos estar a andar com um projecto que possa eventualmente colidir com a legislação que venha a ser adoptada. Temos, pois, um tempo de "stand-by". Assumi o compromisso para o mandato da profissionalização da arbitragem e acredito que vou cumprir esse objectivo, a favor do futebol português. Hoje, os árbitros têm melhores condições de treino; dispõem de nove centros de treino; têm condições logísticas como nunca tiveram; auferem prémios que são interessantes para o exercício da função; têm apoio psicológico e acesso a ginásios de grande qualidade; e estão dotados de meios tecnológicos, como os auriculares, que os colocam ao nível da Liga dos Campeões e dos Campeonatos do Mundo.
Apesar de todos esses avanços, não se notam melhorias nenhumas. Continua-se a dispor de árbitros e árbitros-assistentes muito incompetentes, como se verifica jornada após jornada. A mediocridade resolve-se pela via da profissionalização?
Não sou especialista em arbitragem, e não é meu hábito comentar arbitragens. Mesmo a ver jogos de futebol entre amigos meus, nunca ninguém me ouve a fazer um comentário relativamente à arbitragem. Normalmente, tomo notas [mostra um bloco], mas não extravaso publicamente as minhas reacções. Pelas funções que desempenho, obrigo-me a algum recato. Não deixo de estar preocupado e, por isso, procuro criar mais e melhores condições para o exercício das funções da arbitragem. Temos de pensar a arbitragem numa perspectiva do recrutamento, da formação, para podermos ter uma maior possibilidade de escolha.
Não sou especialista em arbitragem, e não é meu hábito comentar arbitragens. Mesmo a ver jogos de futebol entre amigos meus, nunca ninguém me ouve a fazer um comentário relativamente à arbitragem. Normalmente, tomo notas [mostra um bloco], mas não extravaso publicamente as minhas reacções. Pelas funções que desempenho, obrigo-me a algum recato. Não deixo de estar preocupado e, por isso, procuro criar mais e melhores condições para o exercício das funções da arbitragem. Temos de pensar a arbitragem numa perspectiva do recrutamento, da formação, para podermos ter uma maior possibilidade de escolha.
A incompetência técnica deriva das condições em que exercem a função ou tem que ver com o sistema de promoção dos árbitros ao longo da carreira?
Não basta recebermos os árbitros para as competições profissionais. Tem de haver uma maior articulação entre os responsáveis da Liga e da Federação. Se essa maior ligação existir, seguramente resolvem-se muitos dos problemas. A formação dos árbitros tem de melhorar. Um jovem que se inicie hoje nos caminhos da arbitragem tem que sentir que está numa actividade credível, com futuro, na qual se pode valorizar e crescer como árbitro.
Não basta recebermos os árbitros para as competições profissionais. Tem de haver uma maior articulação entre os responsáveis da Liga e da Federação. Se essa maior ligação existir, seguramente resolvem-se muitos dos problemas. A formação dos árbitros tem de melhorar. Um jovem que se inicie hoje nos caminhos da arbitragem tem que sentir que está numa actividade credível, com futuro, na qual se pode valorizar e crescer como árbitro.
in O Jogo
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