Ranking

in O Jogo


Desde há muito que se sabe ser o homem um ser solitário simultaneamente social. Enquanto elemento solitário pretende proteger os seus e os que lhe são próximos, proporcionar-lhes a concretização de desejos pessoais, potenciar e sublimar as suas capacidades inatas. Enquanto ser social, tenta ganhar o reconhecimento e simpatia dos semelhantes. Todos agimos assim, contudo, quem dirige deverá possuir valências e imunidade suficientes para considerar todos por igual. Numa actividade em que o empenho, idoneidade, personalidade e brio pessoais são permanentemente colocados em causa, a clareza sobre objectivos e problemas do sector é da maior importância. Pelos avanços e recuos verificados em alguns projectos apresentados e ainda não concretizados, parece que a discussão livre e sem entraves dos problemas da arbitragem surge sob tabu poderoso. O sector desenvolve-se iminentemente sob o prisma de actividade solitária se bem que inserida num grupo. O modo e o estilo, devido à incompreensão exterior, são conduzidos como se realmente proporcionar aos amantes do futebol conhecimento sobre a sua realidade efectiva seja segredo de estado. Inverter a situação, humanizar e sociabilizar o sector, protegendo-o por acção e não por conveniente inacção ou silêncio é, será sempre, o método mais adequado ao espírito social que deve imperar. Falar olhos nos olhos, criticar quando tiver de ser mas saber enaltecer quando necessário, não existir receio de reconhecer erros mas não adoptar o mutismo tipo “Os cães ladram e a caravana passa” quando injustamente são imputados equívocos ou, por notória ignorância de quem o faz, são expandidas opiniões erradas e prejudiciais à tranquilidade das decisões no decorrer dos jogos, capazes de influenciar opinião pública, é por todos quantos gravitam na esfera da arbitragem consabido e desejado como melhor atitude de quem dirige. Quando no seio da classe surgem dúvidas e questiúnculas da mais diversa índole, para atenuar incertezas e melhor demonstrar transparência na elaboração da classificação final da época, não seria descabida a elaboração e publicação de “ranking” mensal escalonando a prestação de árbitros e árbitros assistentes ao longo das jornadas realizadas.
Autor: Jorge Coroado

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