A 37.ª sessão do julgamento do processo originário do Apito Dourado durou uma hora e meia. Começou por ser ouvida mais uma testemunha de Pinto de Sousa, empresário que veio de Moçambique apenas para dizer que o antigo presidente do Conselho de Arbitragem da FPF é um homem respeitado naquele país. "Chegou a ser responsável, na sua fábrica que foi uma das poucas que não foi nacionalizada, por 550 trabalhadores", referiu aquela testemunha. O juiz António Carneiro da Silva justificou a diligência com o facto de "poder demorar anos" solicitar, através das autoridades moçambicanas, a Morgado para responder por escrito...Seguiu-se uma das últimas testemunhas de acusação: Fernando Giestal Valente. Um ex-árbitro que foi detido no dia 20 de Abril de 2004, que foi constituído arguido mas que acabou apenas na qualidade de testemunha arrolada pelo Ministério Público. Desde a Madeira, através de vídeoconferência, Valente disse que não recebeu prendas do Gondomar quando apitou o primeiro jogo daquela equipa no campeonato de 2003/2004 mas confirmou ter recebido um fio em ouro quando apitou o jogo Gondomar-Fafe. Fio de ouro que disse ter sido entregue pelo então presidente do Gondomar SC, José Luís Oliveira. "Já sabíamos que era prática do Gondomar oferecer fios de ouro", sublinhou. Giestal Valente confirmou também ter recebido um relógio dos Dragões Sandinenses, grande rival da equipa gondomarense na época desportiva em questão. O ex-árbitro que pertencia à Associação de Futebol de Viana do Castelo e que está hoje radicado na Madeira disse ainda que o presidente do Gondomar SC "nunca me pediu para favorecer a sua equipa".Também através de vídeoconferência, o tribunal tentou ouvir António Henriques, antigo membro do Conselho de Arbitragem da FPF, acusado em dois processos (Marítimo-Nacional e viciação das classificações dos árbitros). Henriques tinha o direito de optar por não prestar declarações e foi isso que fez.A fechar a sessão, foi ouvido José Licínio Sampaio. Para esclarecer que foi ele e não Licínio Santos, um dos árbitros que se sentam no banco dos réus, quem telefonou a Valentim Loureiro a pedir bilhetes para um jogo do Euro 2004. "Fui sócio de Valentim Loureiro numa empresa que encerrou em 2004", revelou o homem que foi confundido, pelos inspectores da PJ que fizeram as escutas, com o árbitro acusado neste processo.Amanhã é o último dia para produção de prova em tribunal. Um inspector da PJ e o treinador Henrique Nunes - que orientou o Gondomar SC na época de 2003/2004 - estão convocados.
in Record

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