Premier League - Árbitros sobre brasas

As arbitragens estão na ordem do dia em Inglaterra, depois de mais um fim-de-semana, no mínimo, polémico. Nunca os árbitros estiveram tão sob fogo como nos últimos anos, em que o acréscimo de jogadores e treinadores estrangeiros na Premier League foi acentuado. Em causa, desta vez, estão os desempenhos de Howard Webb, no Manchester City-Manchester United, e de Mike Dean, no Chelsea-Arsenal. Enquanto que o primeiro é questionado por ter exibido o cartão vermelho a Cristiano Ronaldo por este ter jogado a bola com as mãos, o segundo é acusado de não ter assinalado fora-de-jogo de Van Persie na jogada que resultou no primeiro golo gos gunners em Stamford Bridge. Mas se neste, após vistas e revistas as imagens televisivas, não existem grandes dúvidas sobre a sua ilegalidade, no que tem o português como protagonista as interpretações são díspares.
A Lei 12 do regulamento de jogo da FIFA diz que um jogador deve ser admoestado com o cartão amarelo por comportamento antidesportivo em dois casos: quando joga deliberada e abusivamente a bola com o braço, impedindo que o adversário fique em possa desta; ou quando tenta marcar um golo usando deliberadamente o braço.
Ora, como Ronaldo não parece ter intenção de impedir que o adversário fique com a bola e muito menos introduzi-la na baliza - apenas colocou os braços à frente da cara -, a decisão é questionável. O problema é que o organismo que tutela o futebol mundial também faz questão de vincar que a aplicação das regras depende sempre "da opinião do árbitro". E, assim, por muito que Alex Ferguson, Ronaldo e os adeptos se queixem, Webb pode sempre alegar que foi uma questão de interpretação para justificar a exibição do cartão.
Coroado ao lado de Ronaldo
Howard Webb deveria ter sido "mais sensível". É esta a opinião de Jorge Coroado, ex-árbitro e comentador de O JOGO, sobre o lance que resultou na expulsão de Ronaldo. "Apesar de todo o seu egocentrismo, creio que Ronaldo não queria fazer nenhum brilharete. Um jogador deve ser punido quando usa subterfúgios em seu próprio benefício, e ele não desviou a bola para a baliza nem parou um ataque", explica, opondo-se à ideia de os árbitros pedirem desculpas por erros cometidos. "Há equívocos e equívocos. Mas o árbitro não deve andar todas as semanas a pedir desculpas, pois perde credibilidade e autoridade", sustenta.
OS CASOS POLÉMICOS
M. City-M. United
Cristiano Ronaldo, no ar, em condições de cabecear para a baliza, agarra a bola com ambas as mãos e vê o segundo cartão amarelo
Chelsea-Arsenal
Van Persie marca o primeiro dos seus dois golos em posição irregular, que reconheceu após o jogo

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