Crimes que mais parecem pecados

in Record

PROCESSO DA VICIAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DOS ÁRBITROS
Cinco dos sete membros do Conselho de Arbitragem da FPF, em 2004, que foram pronunciados para um julgamento de 555 crimes de falsificação de documentos (alteração de notas dos árbitros), argumentaram que apenas tentavam contornar, com as suas actuações, um regulamento obsoleto e estabelecer critérios de justiça nas subidas e descidas de categoria dos árbitros que vigiavam, num ambiente de grande desconfiança em relação ao trabalho dos observadores-avaliadores. Nada disto, porém, convenceu o juiz Carlos Alexandre.
Não há dúvida que isto que a gente faz não é a forma correcta de gerir, mas não há outra forma”, chega a desabafar, ao telefone, António Henriques ao seu colega Francisco Costa, ambos ex-conselheiros agora pronunciados. Os outros são Azevedo Duarte e Luís Nunes.
Sobre a figura central deste processo, o juiz de instrução considerou que, no desempenho das suas funções de presidente do Conselho de Arbitragem, “exerceu subjacentemente o papel de ‘coordenador’ e de ‘estratega’ de toda a actividade relacionada com a viciação das nomeações e classificações dos Árbitros e Observadores da FPF, e a quem todos os restantes arguidos envolvidos reportavam, cabendo-lhe, conforme resultou claramente da investigação, a ‘última palavra’ na viciação e falsificação da classificação final dos Árbitros e Observadores”. Sendo tudo isto “bem evidente”.
Pinto de Sousa “também assumiu que as classificações dos árbitros se faziam ao arrepio das disposições regulamentares de arbitragem, procurando justificar tais factos no completo descrédito que a actividade dos observadores merecia”, observou ainda Carlos Alexandre.

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