
Aquele que é o processo conexo do Apito Dourado com mais volumes conhece, no Tribunal da Boa-Hora em Lisboa, uma decisão importante. Hoje saber-se-á se o juiz de instrução Carlos Alexandre manda o caso para julgamento ou se se pronuncia pelo seu arquivamento.
O Ministério Público reuniu uma vasta prova e acredita que há factos suficientes para acusar com certeza num processo que gira à volta das classificações dos árbitros na época de 2003/2004. O MP acusou metade do Conselho de Arbitragem da FPF da altura e Pinto de Sousa, que era o presidente, responde por 144 crimes de falsificação de documento, num total de 550 distribuídos ainda por outros conselheiros: António Henriques (142), Azevedo Duarte (135), Francisco Costa (7) e Luís Nunes (6).
A defesa dos arguidos alega que as notas parciais e finais dos árbitros eram alteradas apenas com o objectivo de ajustar as classificações, de premiar o mérito de alguns árbitros e de resolver assimetrias regionais. Era uma forma de contornar a rigidez dos regulamentos e de aplicar alguma justiça e critério nas notas dos árbitros.
Na investigação, apurou-se que vários árbitros foram beneficiados por este “esquema” e que outros foram prejudicados. O processo começou mesmo com alguns árbitros de 1.ª categoria e com dirigentes de clubes da I Liga constituídos arguidos mas apenas os árbitros António Resende e João Henriques – que já passaram pela 1.ª categoria – foram acusados, num lote onde ainda se contam o ex-director informático da FPF (Paulo Torrão, acusado de 100 crimes), os observadores de árbitros Manuel Barbosa da Cunha, Manuel Nabais, João Penicho, Mário Santos, Paulo Pita da Silva, Joaquim Soares, António Fernandes e José Mendonça.
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