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in Record

Juíza repreende Vítor Pereira - COMEÇOU JULGAMENTO DO MARTINS DOS SANTOS E ANTÓNIO HENRIQUES

O julgamento no qual são arguidos Martins dos Santos, antigo árbitro de 1.ª categoria, e António Henriques. ex-membro do Conselho de Arbitragem da FPF, comçou hoje de manhã no tribunal de Gondomar. Em causa está o jogo Marítimo-Nacional da Madeira, da época de 2003/2004, e no processo o Ministério Público alega que o árbitro correspondeu ao desejo de Henriques, antigo presidente do Marítimo, e beneficiou a equipa da casa, tendo como contrapartida uma ajuda ao seu filho Daniel, também árbitro, que o membro do CA da FPF poderia vir a prestar.Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem da FPF, foi a primeira testemunha a ser ouvida, arrolada pelo MP e na qualidade de perito que visionou o jogo, juntamente com Jorge Coroado e Adelino Antunes. Num ecrã gigante que representa uma evolução em relação ao que aconteceu nas sessões do julgamento do processo originário do Apito Dourado, que decorreu na mesma sala de audiências, viram-se lances desse jogo mas as atenções centraram-se no momento do primeiro golo do Marítimo, apontado por Pepe. O relatório de peritagem refere que o golo foi marcado em posição de fora-de-jogo, nascendo de um livre duvidoso.Quanto ao primeiro momento, Vítor Pereira considerou que a marcação do livre pelo árbitro assistente era uma competência deste elemento da equipa de arbitragem, pois o árbitro estava distante "e objectivamente tinha muito poucas condições para aferir o lance". Quanto ao segundo momento, Vítor Pereira considerou que se tratava de um fora-de-jogo muito difícil de tirar, tendo a defesa de Martins dos Santos, conduzida por Lourenço Pinto, levantado a questão de um jogador do Nacional que não se vê nas imagens e que podia estar a colocar em jogo o marcador do golo do Marítimo. "É um 'suponhamos'", reagiu Vítor Pereira, sendo de certo modo repreendido pela juíza: "Não podemos tirar conclusões com 'suponhamos'", disse, aqui numa referência directa à análise feita pelos peritos, que detectaram aqui um erro de arbitragem que beneficiou o Marítimo. "Lamento a minha inexperiência neste tipo de análises", justificou o líder da CA da Liga a sua posição...dúbia.

Contrapartida... incerta FILHO DE MARTINS DOS SANTOS SAI DO PROCESSO
Há um importante dado no processo relativo ao árbitro Martins dos Santos que começou hoje a ser julgado no tribunal de Gondomar. Na pronúncia, a tese da Polícia Judiciária que apontava como contrapartida uma ajuda ao filho de Martins dos Santos - Daniel Santos, também árbitro - por parte do outro arguido do processo - António Henriques, ex-membro do Conselho de Arbitragem da FPF - foi abandonada. A juíza de instrução considerou que não havia nada que apontasse nesse sentido e, por essa razão, a contrapartida enunciada na pronúncia é incerta, o que torna mais difícil a tarefa do Ministério Público no julgamento que está a decorrer. Depois de Vítor Pereira, foi ouvido um segundo perito, o antigo árbitro internacional Adelino Antunes. Aguardam a sua vez para ser ouvidos Carlos Pereira (presidente do Marítimo), Luís Guilherme (ex-presidente da Comissão de Arbitragem da Liga), e os árbitros Carlos Duarte, João Santos e António Neiva.

Carlos Pereira: «Era voz corrente que Nacional oferecia prostitutas» - TARDE MUITO QUENTE NO TRIBUNAL DE GONDOMAR
Sessão da tarde muito quente no julgamento de Martins dos Santos e de António Henriques, que está a decorrer no tribunal de Gondomar. Carlos Pereira, chamado pelo Ministério Público como testemunha, demorou a responder à questão lançada pelo procurador Paulo Sérgio sobre se teria conhecimento que o presidente do Nacional teria aliciado alguns árbitros com prostitutas."Aquilo que posso confirmar é o que li na comunicação social e que agarrei e mandei para a Liga", começou por responder. O procurador insistiu. "O que posso afirmar é que isso era voz corrente na região", acrescentou. "É evidente que discordo desse tipo de situações", sublinhou ainda. "Em função do que diz ser voz corrente, não tinha receio que o Marítimo fosse prejudicado nesse jogo com o Nacional?" – perguntou a juíza Manuela Sousa. "Se tivesse presenciado, receava, mas era um rumor e mandei tudo para a Liga", acabou por responder quem confessou no tribunal que o grande objectivo do Marítimo é conseguir participar..."na Liga dos Campeões".

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