Volvidos 1.566 dias desde que a operação Apito Dourado se tornou pública, a 20 de Abril de 2004, chegou a hora do juízo final. António Carneiro da Silva, o juiz que presidente a um colectivo formado ainda por António Figueiredo e Rui Óscar, lê hoje, às 10.30, o acórdão que pode determinar condenações pesadas. O acórdão tem mais de 600 páginas e tem permanecido em absoluto secretismo, no gabinete dos juízes.Desde que se iniciou, no dia 11 de Fevereiro deste ano, decorreram 44 sessões do julgamento do processo originário e pelo Tribunal de Gondomar passaram 179 testemunhas. Só dois arguidos (João Mesquita e António Eustáquio) falaram e a grande surpresa aconteceu perto do final, quando o juiz António Carneiro da Silva comunicou a possibilidade de considerar, na decisão final, que José Luís Oliveira, Pinto de Sousa, Francisco Costa, Luís Nunes, Barbosa da Cunha, Castro Neves e João Mesquita cometeram não crimes de corrupção mas de abuso de poder. Este último crime tem como máximo uma pena de 3 anos de prisão, mas o “acumulado” sobretudo por José Luís Oliveira, Pinto de Sousa e Valentim Loureiro poderá levar qualquer sentença para além do limite da pena suspensa (5 anos). Sendo certo que os 26 crimes de que está acusado o major são na forma de cumplicidade, com uma moldura penal menor, embora o seu caso possa ser agravado com uma eventual condenação no crime de prevaricação de que está também acusado, devido a uma “adjudicação” feita pela Câmara Municipal de Gondomar.Lembre-se que o procurador Gonçalo Silva não pediu a condenação de três dos 24 arguidos: os árbitros Manuel Valente Mendes e Sérgio Sedas e o ex-assessor de arbitragem da FPF João Mesquita. É provável, portanto, que acabem por ser absolvidos e o mesmo pode acontecer com outros arguidos. Joaquim Castro Neves, ex-chefe do departamento de futebol do Gondomar SC, é um dos arguidos que estarão no limiar da absolvição tendo em conta a pouca prova produzida em tribunal contra si. O Ministério Público pediu também que o árbitro António Eustáquio fosse beneficiado pelo facto de ter falado em sede de audiência.
in Record
Quatro anos depois é lido o veredicto
Mais de quatro anos depois da manhã de 20 de Abril em que a Polícia Judiciária desencadeou a operação Apito Dourado, com a detenção para interrogatório de vários dirigentes e árbitros de futebol, entre os quais o então presidente da Liga, Valentim Loureiro, e o presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol, Pinto de Sousa, é hoje conhecido, no Tribunal de Gondomar, o veredicto do processo de corrupção desportiva daí resultante, e que não termina aqui. A sentença é passível de recurso.
À espera da decisão do colectivo de juízes presidido por Carneiro da Silva estão 24 arguidos, suspeitos de participarem num esquema para induzir os árbitros a beneficiar o Gondomar em 2003/04. O mais visado nas acusações é o então presidente do clube da sede do concelho que tem Valentim Loureiro como autarca. José Luís Oliveira responde por um total de 47 crimes de corrupção, aos quais poderá juntar-se o de abuso de poder, tal como sucede com os principais arguidos. Contactado pela Lusa, o advogado que o representa não quis antecipar um veredicto. Já João Medeiros, que defende Pinto de Sousa, diz ter por "certo" uma "condenação por abuso de poder, um crime continuado, com uma pena suspensa". Amílcar Fernandes, advogado de Loureiro, reiterou o que defendeu nas alegações finais, ou seja, que foram criados artificialmente indícios de um crime que não existiu para permitir a realização de escutas telefónicas.
À espera da decisão do colectivo de juízes presidido por Carneiro da Silva estão 24 arguidos, suspeitos de participarem num esquema para induzir os árbitros a beneficiar o Gondomar em 2003/04. O mais visado nas acusações é o então presidente do clube da sede do concelho que tem Valentim Loureiro como autarca. José Luís Oliveira responde por um total de 47 crimes de corrupção, aos quais poderá juntar-se o de abuso de poder, tal como sucede com os principais arguidos. Contactado pela Lusa, o advogado que o representa não quis antecipar um veredicto. Já João Medeiros, que defende Pinto de Sousa, diz ter por "certo" uma "condenação por abuso de poder, um crime continuado, com uma pena suspensa". Amílcar Fernandes, advogado de Loureiro, reiterou o que defendeu nas alegações finais, ou seja, que foram criados artificialmente indícios de um crime que não existiu para permitir a realização de escutas telefónicas.
in O Jogo
*Cartoon de http://henricartoon.blogs.sapo.pt/
Etiquetas: NOTÍCIAS
0 Comments:
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
