A análise de um jogo de futebol pode ser ingrata para o árbitro. Jogadores, treinadores, dirigentes, adeptos e jornalistas falam como especialistas na matéria e criticam o trabalho da equipa de arbitragem. Vê-se que conhecem a letra da lei. Mas será isso suficiente? Não!
Jogadores e árbitros de futebol necessitam do mesmo conhecimento declarativo (i.e. teórico) acerca dos objectivos e das leis que regem o jogo. Contudo, no campo eles têm tarefas específicas de acordo com o papel que estão a desempenhar. Especificamente, os jogadores têm que transferir as suas decisões para a destreza técnica e soluções tácticas, enquanto o árbitro tem que colocar em campo principalmente a sua destreza perceptiva e cognitiva para tomar decisões correctas e consistentes relacionadas com o jogo.
A existência destas competências nucleares específicas em contexto desportivo foi identificada por Allard, Parker, Deakin e Rogers (1993), num estudo que envolvia árbitros, jogadores e treinadores de basquetebol. Os árbitros obtiveram melhores resultados em tarefas como o conhecimento das regras do jogo e a detecção de faltas. Estes autores concluíam que a aquisição de competências específicas depende do papel que cada um desempenha no campo. Quanto ao futebol, Gilis, Weston, Helsen, Junge e Dvorak (2006) fizeram uma experiência interessante. Mostraram vídeos de tackles com contacto entre os atletas a jogadores, treinadores e fisioterapeutas de equipas profissionais e a árbitros de futebol. Os árbitros superavam significativamente todos os outros grupos no que diz respeito à detecção takles que levam a lesões nos jogadores. Por outro lado estudos indicam que as competências do árbitro aumentam com a prática dentro do campo e que um árbitro necessita de 10 anos de prática e muita dedicação para atingir um nível de excelência.
Jogadores e árbitros de futebol necessitam do mesmo conhecimento declarativo (i.e. teórico) acerca dos objectivos e das leis que regem o jogo. Contudo, no campo eles têm tarefas específicas de acordo com o papel que estão a desempenhar. Especificamente, os jogadores têm que transferir as suas decisões para a destreza técnica e soluções tácticas, enquanto o árbitro tem que colocar em campo principalmente a sua destreza perceptiva e cognitiva para tomar decisões correctas e consistentes relacionadas com o jogo.
A existência destas competências nucleares específicas em contexto desportivo foi identificada por Allard, Parker, Deakin e Rogers (1993), num estudo que envolvia árbitros, jogadores e treinadores de basquetebol. Os árbitros obtiveram melhores resultados em tarefas como o conhecimento das regras do jogo e a detecção de faltas. Estes autores concluíam que a aquisição de competências específicas depende do papel que cada um desempenha no campo. Quanto ao futebol, Gilis, Weston, Helsen, Junge e Dvorak (2006) fizeram uma experiência interessante. Mostraram vídeos de tackles com contacto entre os atletas a jogadores, treinadores e fisioterapeutas de equipas profissionais e a árbitros de futebol. Os árbitros superavam significativamente todos os outros grupos no que diz respeito à detecção takles que levam a lesões nos jogadores. Por outro lado estudos indicam que as competências do árbitro aumentam com a prática dentro do campo e que um árbitro necessita de 10 anos de prática e muita dedicação para atingir um nível de excelência.
Parece então que é preciso apitar para avaliar correctamente o trabalho do árbitro. O jogador joga, o treinador treina e dá a táctica, o jornalista escreve e o árbitro dirige a partida. Ninguém dentro ou nas imediações do campo está mais habilitado a ajuizar correctamente e fazer cumprir as leis do futebol do que os árbitros com experiência, apesar de todos conhecerem a lei e aparentemente todos terem queda para o apito.
* Formado em Psicologia e
Árbitro Estagiário do CA da AFB
Etiquetas: NOTÍCIAS
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