A opinião de ... Dinis Gorjão

Qual o papel do árbitro?


A sua grande função é, antes de mais, fazer cumprir o código do jogo. É neste contexto que se apela para a sua intervenção moderadora, à semelhança de um juiz, a quem se exige a ingrata mas nobre função de gerir esta conflitualidade de interesses, salvaguardando sempre a verdade desportiva.
Ao árbitro compete apreciar, julgar e decidir bem todas as acções e ocorrências do jogo. A ele cabe analisar, julgar e decidir cada jogada em tempo real, numa fracção de segundos e apenas fazendo apelo aos seus órgãos sensoriais.
De facto, nestas condições, e muitas vezes perante ambientes hostis, a sua tarefa sai dificultada. É preciso lembrar que os árbitros enfrentam tanta pressão como os jogadores e treinadores.
E se os árbitros erram é preciso não esquecer que todos os outros intervenientes
erram, é uma consequência da nossa condição humana. Como em tudo na vida o que é preciso é procurar e encontrar caminhos para que se erre menos.
É useiro e habitual que cada clube perante o insucesso em vez de reconhecer os seus erros e as suas falhas “descarreguem” no desempenho dos árbitros. Que “moral” têm os atletas para contestar uma decisão da equipa de arbitragem quando, por vezes, falham tantos lançamentos fáceis, tantos passes e perdem tantas bolas. Ou que "direito" têm os treinadores de atacar sistematicamente os árbitros, quando nem sempre escolhem os melhores para jogar ou indicam a melhor táctica?
É uma raridade o árbitro ser elogiado e aplaudido pelo seu bom desempenho quando: assegura que a competição se realize de acordo com o espírito das regras, interfere o menos possível com o decorrer do jogo, consegue estabelecer e manter um clima de serenidade competitiva entre os jogadores e as equipas, defende a segurança dos espectáculos e salvaguarda a verdade desportiva.
Todos devem assumir uma atitude de respeito pelos árbitros, mesmo quando as decisões não são as mais acertadas.
O que se tem que pedir aos árbitros não é que sejam neutros, mas que sejam imparciais. Que os princípios de justiça, rectidão e honestidade prevaleçam nos seus juízos e decisões.
Numa competição o papel do árbitro é, ou deverá sempre ser, secundário. O centro das atenções são sempre os jogadores, os artistas do espectáculo.

3 Comments:

  1. Anónimo said...
    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
    Anónimo said...
    Não disse nada de mal no meu comentário... apenas disse a verdade!
    Dinis Gorjão said...
    anónimo e com insultos neste blog dá direito a cartão vermelho!
    As pessoa de bem não tem essas condutas.

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