Três mulheres invadiram a arbitragem bejense. Sem preconceitos nem tabus procuram o seu espaço.
Reportagem de Firmino Paixao para o Diário do Alentejo
Na véspera de mais um Dia Internacional da Mulher, que evoca os protestos das mulheres nova-iorquinas pelas más condições de trabalho e salários reduzidos, em 1857, o "Diário do Alentejo" procurou três mulheres num dos sectores mais polémicos do desporto – a arbitragem.
Gina Martins, 34 anos, militar da Força Aérea, Ana Gonçalves, 28 anos, administrativa, desempregada, e Marisa Sousa, estudante, que completa hoje 19 anos. Formam o único trio feminino do CR de Arbitragem da AF de Beja.
Gina Martins explicou como chegou à arbitragem: "Começou por brincadeira, na Base Aérea n.º 11. Fazemos sempre uma equipa feminina. Como não temos tempo para treinar, éramos quase sempre as piores e então os árbitros de futsal desafiaram-me – já que não tem muito jeito com os pés, porque é que não vens para o inimigo?". E Gina Martins tirou o curso. Sobre o Dia da Mulher: "Não partilho das ideias das mulheres que dizem que queremos a igualdade, já somos iguais como seres humanos e não andamos à procura de provar que somos melhores".
Marisa Sousa, a benjamim, explicou que gosta muito de futebol e decidiu tirar o curso de árbitra para currículo, mas percebeu que isto "era mais sério do que pensava". Uma actividade que diz ser conciliável com os estudos e uma experiência positiva: "Sinto-me tranquila, a idade dos jogadores e o facto de serem maiores do que eu não me afecta, pois jogo futsal com os seniores". A ambição é muita: "Sou a mais jovem, quero progredir, chegar ao escalão nacional". Para Marisa há espaço para as mulheres: "Têm é de ter as mesmas oportunidades, no Norte do País há mais árbitras e muitas equipas para elas apitarem. Se houver oportunidades haverá mais raparigas".
Ana Gonçalves, a mais qualificada do trio, está satisfeita: "Tem corrido bem e acho que devem dar mais oportunidades às árbitras. Não é uma crítica ao CA, que tem feito excelente trabalho, mas precisamos de mais raparigas". Em relação às companheiras, refere: "Era a única, ainda bem que a Gina e a Marisa vieram, venham mais porque nós precisamos". Valoriza a boa relação na arbitragem bejense: "É excelente, já estou cá há sete anos e tenho sido acarinhada". Quanto aos piropos dos espectadores: "Quando entramos no campo temos de fazer ouvidos de mercador, o que nos interessa é o jogo". Árbitra do quadro de 2ª categoria, Ana tem metas: "Não quis apostar na subida ainda, mas irei fazê-lo. As minhas colegas também devem ser ambiciosas, apostar na carreira". Quanto ao Dia da Mulher, coincide com as colegas: "Não comemoro. Todos os dias são bons para valorizar a importância do homem, da mulher, sobretudo do ser humano e da sua importância na sociedade".
Gina Martins, 34 anos, militar da Força Aérea, Ana Gonçalves, 28 anos, administrativa, desempregada, e Marisa Sousa, estudante, que completa hoje 19 anos. Formam o único trio feminino do CR de Arbitragem da AF de Beja.
Gina Martins explicou como chegou à arbitragem: "Começou por brincadeira, na Base Aérea n.º 11. Fazemos sempre uma equipa feminina. Como não temos tempo para treinar, éramos quase sempre as piores e então os árbitros de futsal desafiaram-me – já que não tem muito jeito com os pés, porque é que não vens para o inimigo?". E Gina Martins tirou o curso. Sobre o Dia da Mulher: "Não partilho das ideias das mulheres que dizem que queremos a igualdade, já somos iguais como seres humanos e não andamos à procura de provar que somos melhores".
Marisa Sousa, a benjamim, explicou que gosta muito de futebol e decidiu tirar o curso de árbitra para currículo, mas percebeu que isto "era mais sério do que pensava". Uma actividade que diz ser conciliável com os estudos e uma experiência positiva: "Sinto-me tranquila, a idade dos jogadores e o facto de serem maiores do que eu não me afecta, pois jogo futsal com os seniores". A ambição é muita: "Sou a mais jovem, quero progredir, chegar ao escalão nacional". Para Marisa há espaço para as mulheres: "Têm é de ter as mesmas oportunidades, no Norte do País há mais árbitras e muitas equipas para elas apitarem. Se houver oportunidades haverá mais raparigas".
Ana Gonçalves, a mais qualificada do trio, está satisfeita: "Tem corrido bem e acho que devem dar mais oportunidades às árbitras. Não é uma crítica ao CA, que tem feito excelente trabalho, mas precisamos de mais raparigas". Em relação às companheiras, refere: "Era a única, ainda bem que a Gina e a Marisa vieram, venham mais porque nós precisamos". Valoriza a boa relação na arbitragem bejense: "É excelente, já estou cá há sete anos e tenho sido acarinhada". Quanto aos piropos dos espectadores: "Quando entramos no campo temos de fazer ouvidos de mercador, o que nos interessa é o jogo". Árbitra do quadro de 2ª categoria, Ana tem metas: "Não quis apostar na subida ainda, mas irei fazê-lo. As minhas colegas também devem ser ambiciosas, apostar na carreira". Quanto ao Dia da Mulher, coincide com as colegas: "Não comemoro. Todos os dias são bons para valorizar a importância do homem, da mulher, sobretudo do ser humano e da sua importância na sociedade".
Currículos
Gina Martins (Estagiária)
Arbitra desde a época 2006/2007
52 jogos realizados
1º jogo como árbitra (7/10/2007) - Desportivo de Beja-Guadiana (juvenis)
Marisa Sousa (Estagiária)
Árbitra desde a época 2007/2008
51 jogos realizados
1º jogo como árbitra (20/10/2007) - Sporting de Cuba-Beringelense (escolas)
Ana Gonçalves
Árbitra desde a época 2003/2004
32 jogos realizados
1º jogo como árbitra (17/11/2007) - Safara-Vasco da Gama (infantis)
Etiquetas: NOTÍCIAS
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